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Glórias do Paysandu: Memórias da tríplice coroa bicolor 

Na última quarta-feira (20) o Paysandu reuniu grande parte do elenco que defendeu o clube em 2002, temporada que fez parte dos grandes anos do time em sua história, os maiores momentos de um clube do Norte. Se, no ano seguinte, veio a cereja do bolo com a memorável campanha na Copa Libertadores da América, foi em 2002 que o Papão conquistou a tríplice coroa com o (tri) Campeonato Paraense, a Copa Norte e a Copa dos Campeões.

A presença dos ídolos em um jogo festivo na Curuzu atraiu de pessoas que nem haviam nascido na época aos que foram testemunhas oculares.

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A receptividade não só da torcida como do povo de Belém é algo que esses ex-jogadores sempre salientam quando retornam à cidade. “O torcedor do Papão é diferenciado. Todas as vezes que voltei a Belém senti sempre nos abraços e nas palavras o amor pelo clube e por aqueles que levaram o Paysandu a outro patamar no cenário nacional e internacional. E isso permanece ou até aumenta com o passar do tempo”, salienta Luís Fernando Teixeira, 47 anos, titular da lateral-esquerda bicolor por três anos.

 











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Gino Salério, 49, ficou na Curuzu por três temporadas. Zagueiro e capitão, foi dele a responsabilidade de levantar tantas taças. Ele lembra que, em tempos de redes sociais, o contato com a Fiel é constante e sempre com os melhores sentimentos. “É um privilégio imenso retornar sempre, ainda mais numa comemoração dessas. Eu fico muito feliz pelo reconhecimento do torcedor. Ele é diário, mas ter esse contato, essa forma de ser recebido, é algo extraordinário. O carinho e o respeito são enormes. Os feitos que conseguimos são iguais à resposta que o torcedor nos dava”.

As memórias daqueles anos passam sempre pelos títulos, mas alguns bastidores ficaram marcados. O eterno capitão bicolor tem bem nítida a lembrança do dia 20 de dezembro de 2001, quando a delegação paraense voltou depois de perder de virada para o Caxias-RS, quando vencia por 3 a 0. A expectativa era de protestos e cobranças, o que foi encontrado foi bem diferente.

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“Dentro de tudo o que conquistamos, uma das maiores memórias foi a volta a Belém após a derrota para o Caxias-RS. Vencíamos por 3 a 0 e eles viraram para 4 a 3, algo impensável para um time como o nosso. O torcedor nos recepcionou de uma forma espetacular no aeroporto, acreditando no nosso time, que poderíamos vencer o Avaí. A gente voltou cabisbaixo e o torcedor teve uma troca que foi muito importante para a gente”.

No caso de Luís Fernando, uma grande memória, como não deixaria de ser, foi o pênalti convertido contra o Cruzeiro-RS, que valeu a Copa dos Campeões. A caminhada do centro do gramado até a marca da cal é algo que, diz ele, parece que acabou de acontecer. “Sentia Deus me dando uma tranquilidade muito grande. Sentia Ele falando ao meu coração e confirmando que eu faria o gol e seríamos campeões. Em momento nenhum senti pressão. Também sentia a segurança e o apoio de todo o elenco e comissão técnica. E parece que essa decisão aconteceu há 20 minutos. Está muito viva na memória”.

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