Após a repercussão negativa sobre o novo Regulamento Específico da Competição (REC) da Copa Verde não garantir vaga ao campeão à 3ª fase da Copa do Brasil do ano seguinte, o presidente da Federação Paraense de Futebol, Ricardo Gluck Paul, explicou o que vai acontecer.
Em entrevista exclusiva à Rádio Clube do Pará, da RBA, o mandatário disse que a medida é uma “medida técnica” para permitir que, tanto a Copa Verde, quanto a Copa do Nordeste, sejam redesenhadas de forma mais eficiente, viável e atrativa.
“A CBF publicou recentemente a tabela da Copa Verde e existe uma medida técnica, combinada com as federações, para que possamos fortalecer a competição. Em que sentido? Copa Verde passa por uma reestruturação da qual eu faço parte da comissão que está redesenhando a Copa Verde para deixá-la melhor, mais atrativa, mais viável economicamente. A mesma coisa está acontecendo com a Copa do Nordeste”, destacou.
“O que trava as mudanças que estão sendo implementadas são as amarras contidas dos regulamentos específicos das competições estaduais. Toda competição estadual, há um regulamento específico e neles são destinadas vagas para as competições nacionais. Tudo isso é definido no REC. Da mesma forma, há o REC da competição, que é o regulamento específico da Copa Verde. Toda competição tem. Em 2024, o REC previa uma série de preenchimentos de vagas que amarraram as mudanças em 2025”, ressaltou.
Conteúdo Relacionado:
- Copa Verde 2025 não garante vaga direta na Copa do Brasil
- CBF confirma Paysandu, Remo e Águia na Copa Verde 2025
Sendo assim, não existe a garantia que o campeão da Copa Verde de 2025 entrará direto na 3ª fase da Copa do Brasil, o que já garantia, em edições passadas, maiores receitas de cota de participação e maior visibilidade para os clubes.
“A comissão tem excelentes ideias para reposicionamento e melhoramento das competições, mas fica amarrada porque o regulamento de 2024 já estava travando 2025. Tudo isso que está sendo feito irá se refletir em 2026. Só que, para mudar 2026, os regulamentos em 2025 precisam estar livres, em branco. Porque se houver algo, você amarra 2026 novamente. Então, a prudência entre as federações e a CBF fizeram foi que, através do REC, fosse retirado o texto que fala de Copa do Brasil ou outras competições, para que possamos ter liberdade para desenhar as Copa Verde e do Nordeste de 2026. Porque se não houver a liberdade, ao fazer as implementações, vai se concluir que em 2026 não poderemos mexer, somente em 2027. É uma mexida puramente técnica”, comentou Gluck Paul.
Vale lembrar que a tabela divulgada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), confirmou Paysandu, Clube do Remo e Águia de Marabá na próxima edição, que começa a partir do dia 22 de janeiro. O Azulão pega o União/MT. Remo e Paysandu estreiam apenas na segunda fase.
“Repito, há o objetivo de preservar a liberdade que devemos ter para fazer as mudanças necessárias e, através disso, possamos complementar em 2026 uma competição melhor do que as anteriores. ‘Ah, então você está dizendo que haverá vaga para o campeão na Copa do Brasil?’, eu estou dizendo o seguinte: a gente precisa zerar tudo para pensar o que é melhor, para com essa liberdade atuar em cima dessas competições e fazer o anúncio no momento próprio. Então, é uma medida técnica que visa fortalecer as competições. Não existe aquilo de ‘ah, a CBF tirou a vaga, agora essa competição não vale mais nada’… Não! Foi feita uma medida técnica para dar liberdade para construirmos uma competição melhor. Por isso foi necessário que todos os estaduais e regionais retirassem esse artigo para que não tenhamos um impedimento de implementar o que desejamos para fazer uma competição melhor”, finalizou.