Rádio Clube do Pará

Forma como o Papão perdeu para a Ponte Preta, não foi digerida por Guilherme Alves

A goleada diante da Ponte Preta-SP, a maior sofrida pelo time até aqui na Série B do Brasileiro, deixou um rastro de insatisfação geral na Curuzu. Dos torcedores ao técnico Guilherme Alves, ninguém esperava por um vexame tão grande, principalmente pelo fato de a equipe bicolor vir de boas apresentações. Mas a decepção foi tamanha que o treinador, logo após a partida, anunciou que fará mudanças radicais para os próximos jogos do Papão. Alves deu a entender que há até a possibilidade de ocorrer liberação de atletas, que, segundo ele, serão analisados de maneira criteriosa.

O fato de o Papão não ter sequer se aproximado da intensidade que ele tanto cobra de seus comandados foi o que mais irritou o treinador. “Disse a eles (jogadores) que em uma derrota como essa não me importa o placar, mas como foi”, salientou Alves. Em seu desabafo, Alves só livrou a cara do lateral Diego Matos, justamente o mais inexperiente do time, recém-saído da base do clube, cujo o contrato foi renovado até 2021. “E digo a vocês que, impressionantemente, o único jogador que não sentiu emocionalmente foi o Diego, um lateral de 20 anos”, destacou.

Alves seguiu nos elogios a Diego. “Foi o único que procurou jogar, que marcou, que se dedicou para não tomar o quinto gol. Foi por conta dele que não tomamos o quinto. Emocionalmente, para mim, foi o único atleta que não sentiu, não se omitiu. Os demais foram emocionalmente muito abaixo. Foi horroroso. É inadmissível perder da maneira que perdemos”, comparou o técnico. Assim como o torcedor, Alves só viu o Papão jogar nos primeiros minutos da partida. “Até o primeiro gol da Ponte Preta, logicamente, o Paysandu foi melhor. Bola na trave, duas faltas frontais, chances de fazer o primeiro gol”, disse.

Elenco promete assimilar a cobrança do técnico

Pouco menos de 24 horas após o pior fiasco apresentado pelo time na Série B, diante da Ponte Preta, o atacante Dionathã, em quem Guilherme Alves depositava grande confiança para a partida, mas que acabou sendo uma senhora decepção, deu razão ao treinador, que soltou os “cachorros” no vestiário após a partida. “O grupo recebe a cobrança de forma positiva para melhorar. O professor é um cara muito experiente, jogou bola também. Acho que a cobrança é importante pra gente melhorar”, declarou. O fato de o time não ter se encontrado frente à Macaca, segundo o jogador, não tira a confiança do grupo no acesso à Série A de 2019.

“O campeonato ainda não acabou. Ainda temos muitas partidas pela frente e vamos brigar lá em cima”, discursou. Diferente de Alves, que livrou a cara do lateral Diego Matos, Dionathã preferiu distribuir entre todos os jogadores a culpa pela goleada sofrida pelo time. “Realmente todo o grupo foi mal, mas vamos continuar trabalhando como a gente vinha trabalhando”, disse.

O fato de o Papão só voltar a jogar no dia 17, fora de casa, contra o Londrina-PR, deverá ser bem aproveitado pelo elenco para assimilar o tropeço sofrido na partida passada e voltar a buscar a reabilitação no Brasileiro. “Esses dias serão muito produtivos”, resumiu. “Agora temos de trabalhar mais, ver o que tem de errado para que a gente possa melhorar”, prosseguiu. Sobre as mudanças prometidas pelo técnico, o atacante comentou: “Tenho certeza de quem entrar vai procurar fazer um bom papel”, previu.

(Nildo Lima/Diário do Pará)

 

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