O presidente do Paysandu, Ricardo Gluck Paul, justificou o motivo para a demissão do técnico João Brigatti, após o empate em 1 x 1, diante do Castanhal, no estádio da Curuzu, pela 8ª rodada do Campeonato Paraense. O dirigente também falou sobre a postura e modelo de gestão que vem sendo implantada no futebol, a cobrança feita pelo torcedor após a decisão tomada, e principalmente desmentindo os boatos que foram criados em torno da saída do treinador.

DESMENTINDO MENTIRAS CRIADAS SOBRE A SAÍDA
“Quero dizer que realmente não existe nenhuma verdade sobre briga com Marcos Antonio, Paulo Rangel e Mota com Brigatti. Ninguém brigou com ninguém! Também não existiu que Brigatti tenha deixado para ir a outra equipe. Nada disso existiu! Não tenho nada contra o profissional, que sai pela porta da frente, pretendo manter a amizade com ele, mas não to aqui para manter amizade, mas sim pra fazer o que tem que ser feito, com coragem, determinação e pulso.”

NOVO TÉCNICO
“Com ética, o Paysandu não vinha negociando com ninguém antes de tomar a decisão, e por questão nós comunicamos e pessoalmente ao Brigatti, ontem a noite, para depois analisar o perfil e iniciar os contatos em busca do novo treinador. Posso adiantar que ele tem que ter um perfil de organização tática, não necessariamente estilo motivador e disciplinador ma sim que faça o que a gente entende de futebol, que é a organização e tenha capacidade que possa colocar em pratica o padrão para as competições que estão se aproximando que e a Copa do Brasil e a Série C e a que está se afunilando que e a reta final do Campeonato Paraense”.


PORQUE NA VÉSPERA DO RE X PA? 
“Aí eu devolvo a pergunta: Porque não na véspera do Re x Pa? Tenho muito respeito pelo clássico? Muito! Quero ganhar? Quero! Mas isso não pode ser o suficiente pra impedir o que temos que fazer. Veja bem: Daqui a uma semana te o Re x Pa, depois é véspera de semi final, depois será véspera de final, depois é véspera da Copa do Brasil, depois véspera do início da série C, então quando será o melhor momento?Esperar o quê? O momento te que ser feito na hora que a situação se apresenta. Pode ter o que tiver! Hoje o treinamento foi comandado pelo auxiliar permanente que nós trouxemos no final do ano passado, que é o Leandro Niehues, e o Paysandu não teve nenhum prejuízo de movimentação, e inclusive teria condições técnicas suficiente para comandar o Re x Pa, e o treino já foi focado nas deficiências que o Paysandu está apresentando. Bem diferente do que vinha sendo feito antes.”

INSATISFAÇÃO COM O DESEMPENHO FOI FUNDAMENTAL PARA A SAÍDA DE JOÃO BRIGATTI
“Ai que entra no “X da questão” e eu assumo 100¨% da responsabilidade do que eu to dizendo: eu não estou satisfeito com o que está sendo realizado, com o que a gente compara com o que foi realizado. Temos percebido posicionamentos táticos que estão se repetindo, que não estão sendo contornados, estamos sem padrão de jogo, vários problemas táticos que são visíveis e essa insatisfação é totalmente normal. Tenho dito que pra conquistar as coisas que a gente precisa, temos que fazer um nível de cobrança e excelência alto e se impor. Quando tivemos novamente em situações iguais a essa não exitar! O Paysandu errou muito no passado com situações parecidas com essa. Agora estamos fazendo ao contrário: Com coragem e pulso, fazendo o que deve ser feito, no momento certo. Como eu cobrar do time se eu não consigo mostrar isso também? Precisamos mostrar e manter em todo o clube, um sentimento de bravura.”

GESTÃO QUE VEM SENDO FEITA ATUALMENTE NO FUTEBOL 
“Implantamos uma gestão de futebol diferente, e aquilo que falamos e íamos fazer com a revolução no futebol. Éramos muito cobrados por ter feito revolução administrativa, mas nada no futebol. Essa revolução passa por 3 fatores fundamentais: pessoas, infra-estrutura e sistema de gestão. Tínhamos um quantitativo de 46 pessoas só no futebol e vamos chegar até 25 no final de março,´e isso faz muita diferença, com profissionais mais engajados, onde temos a comunicação maior. Em comparação com outros clubes iguais ao nosso porte e relevância, e vimos que tinha muita gente, havia pessoas com meio período, tinha o da terça da tarde, o da segunda de manhã … e nessa primeira mudança foi fundamental. Ainda nessa mudança de pessoas, buscamos uma maior qualificação da comissão técnica, onde mudamos quase todo mundo e só quem ficou foram alguns médicos, fisioterapeuta, e o preparador físico, e isso ainda está em processo de implantação, ainda não encerrou.”

REFORMULAÇÃO
“Afastamos a diretoria de futebol estatutária, e hoje o presidente comanda diretamente o futebol, temos uma equipe de altíssimo nível e mudamos muita coisa entre elas, estabelecemos o sistema de modelo de jogo, com 32 princípios de jogo, mas fundamentalmente, implantamos a gestão do desempenho operacional (GDO). Que a gente faz: montamos um comitê de futebol, que são: presidente, diretor executivo de futebol, gerente de futebol, auxiliar técnico permanente, analista de desempenho, técnico e o auxiliar que veio com o técnico. Nisso, todo jogo, sem exceção, fazemos uma analise objetiva e profissional, com preparada pela analise de desempenho com as Highlights (partes) do jogo e nesse sentido a gente observa as deficiências do jogo. Pra que fazemos isso? Fazemos um planejamento mais execução (o que se planeja, tem que ser executado depois). Nisso, planejamos um treinamento de segunda a sábado, para ser executado no domingo e necessariamente te que ser feito que foi treinado na semana, e quando isso não acontece, gera um problema e com isso, gera um plano de ação, pois não era pra acontecer. Esse é o sistema de gestão que a gente implantou e essa a cultura e disciplina que nós temos sem exceção.”

O QUE IMPORTA AGORA É DESEMPENHO E NÃO MAIS APENAS OS RESULTADOS
“Nós não estamos mais se iludindo com resultado, mas temos que está apoiado em desempenho. Estou feliz com os resultados, o Paysandu tem a melhor campanha nos últimos 10 anos, a vitória no clássico por 3 x 0, não vinha desde 1991, então a gente reconhece várias situações, mas o desempenho vinha muito abaixo do que vinhamos planejando, e nesse sentido, tem que ter coragem para ser feito e o Paysandu não pode se conformar com resultados que escondam o desempenho abaixo que a gente espera.”

(Magno Fernandes)

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Digite seu nome aqui