Fenômeno de popularidade e audiência na TV brasileira entre os anos 1960 e 1980, a luta livre nacional está de volta à TV aberta após quase 30 anos sem uma chance em uma grande rede.
A BWF (Brazilian Wrestiling Federation), maior empresa de luta livre da América Latina, e a Band fecharam acordo nesta terça-feira (2), e a emissora paulista mostrará combates nas madrugadas de sábado para domingo, a partir das 1h (horário de Brasília).
A estreia acontece já no próximo fim de semana, no dia 6 de janeiro. O acordo, de parceria entre as partes, é válido por um ano. A BWF já tinha relação com o Grupo Bandeirantes, porque suas lutas eram exibidas no BandSports, o canal esportivo da TV por assinatura, desde 2022.
O retorno da luta livre nacional na TV aberta era um desejo antigo da BWF. A última aparição regular de competidores aconteceu no fim dos anos 1990, quando o apresentador Ratinho reativou o Gigantes do Ringue por um curto período em sua passagem pela Record.
O grande auge da luta livre nacional aconteceu entre os anos 1960 e 1980, quando ia ao ar o chamado Telecatch, que passou por diversas emissoras como a extinta Excelsior (1963-1970), Record e até mesmo pela Globo, entre 1967 e 1969.
Com apresentações que combinavam encenação teatral, combate e circo, o Telecatch conquistou o público ao apresentar lutadores como o herói Ted Boy Marino.
Também ficaram famosos o traiçoeiro Mongol, o exótico Leopardo, o extraordinário Tigre Paraguaio, o misterioso Verdugo, o impagável Tony Videla, o irritante Rudy Pamias, o violento Rasputin Barba Vermelha, o campeão Caruso e os irmãos estilistas Beto e Sergio.
Na BWF, que funciona desde 2002, existe uma mistura dos elementos brasileiros com inspiração na WWE (World Wrestling Entertainment), maior companhia de luta livre do mundo e fenômeno no mercado dos Estados Unidos. A WWE já foi mostrada em TV aberta pelo SBT e pela RedeTV!, e hoje é vista na ESPN.
Procurada pela reportagem, a Band confirma a informação.