O técnico Hélio dos Anjos chegou por volta de meio dia desta quinta-feira (29) a Belém e pela parte da tarde comandou o primeiro treino do elenco e na sequência foi apresentado de maneira oficial pelo Paysandu. O treinador chega em um momento turbulento da equipe, mas mostra convicção de que as coisas irão dar certo, como em 2019.

“Obrigado pela oportunidade. Tenho que agradecer ao Paysandu, às pessoas que tiveram paciência comigo, porque há dois meses nós fomos procurados, chegamos a negociar. Repetiu agora e eu vi como uma bela oportunidade em voltar a dirigir o Paysandu pela terceira vez. Estou convicto das dificuldades, mas esperançoso e confiante, principalmente depois da conversa que eu tive com os jogadores na minha apresentação a eles. Estou confiante que vamos ter novos rumos em relação a resultados, comportamento e busca incessantes de objetivos. A grandeza do Paysandu nos dá muita responsabilidade e temos que estarmos consciente disso”, destacou.












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O Paysandu é o 16º colocado da Série C do Campeonato Brasileiro com apenas 12 pontos somados em 10 rodadas. À beira da zona de rebaixamento, restam nove partidas para o término da primeira fase. Caso queira se classificar à próxima fase, precisa ficar entre os oito e para isso tem que acordar logo. Experiente, Hélio sabe o que fazer.

“Não posso falar nada do vestiário ainda, fui apresentado pelo Ari e pelo presidente, depois fiquei somente com os jogadores e minha comissão técnica. Eu tracei com eles o retrato do trabalho, as minhas exigências, que eu não gosto de mimimi, que eu sou altamente profissional. Não tenho que ficar correndo atrás de jogador se está na noite, se ele não chegou no horário. Eu trabalho com profissionais. Temos um clube muito forte e nós temos que saber das nossas responsabilidades”, ressaltou.












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Com a chegada do novo treinador, obviamente que ele irá indicar reforços para a equipe. Na primeira reunião presencial com o executivo de futebol Ari Barros, Hélio designou dois nomes que trabalharam com ele na Ponte Preta. Segundo apuração do DOL, que é o atacante Lucca, hoje no Lamphun Warrior da Tailândia, e o zagueiro Fábio Sanches, que segue na Macaca.

“Pelo o que é o clube agora, com a relação que eu tenho com Ari, que é o homem que vai para as negociações, vou ter um pouco mais de liberdade de escolha. E eu não escolho o pior, me preocupo com o clube, me preocupo com o custo de um jogador. Me preocupo em trazer um jogador e não der certo, sei o prejuízo que é. O Ari está aqui como testemunha. Nós traçamos dois jogadores hoje, apresentei para a direção tudo sobre o jogador. Falei que eu quero o jogador por causa disso, disso e disso. Esses jogadores assim fisicamente, assim de idade, assim de números”, ponderou.


 











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Confira demais trechos da coletiva:

SEM OLHAR PARA TRÁS

“Partimos do princípio que, quando se contrata um treinador, dificilmente esse clube não está tendo problema. Temos os nossos problemas, não vou condicionar isso a qualidade ou não do grupo de jogadores. Em um momento como esse, pela minha maneira de ser e agir, não tenho que me preocupar com o passado. Falei para eles que o que aconteceu tem que esquecer e temos que nos lembrar da grandeza do Paysandu. Não podemos achar que perder no Paysandu é qualquer coisa. Para mim, no Paysandu, ganhar é a única coisa. Temos que ter esse pensamento e é com esse pensamento que vamos fazer o nosso trabalho.












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“Temos um grupo que tem seus problemas, tem suas carências, mas nós temos um grupo também com qualidade e nível dessa divisão. Vamos fazer um trabalho de adaptar ao processo e eu vou me adaptar ao elenco. O Paysandu, a sua torcida é participativa e agressiva, o time não pode ter uma característica dentro de campo diferente da sua torcida.

CARINHO DA FIEL BICOLOR

“Não gosto de ir para clube que eu tenho que brigar pela popularidade, pela aceitação. Não gosto disto. Eu gosto do que está acontecendo aqui e esse é um dos motivos de eu ter vindo. Eu sigo tudo do que se trata o Paysandu, eu sigo o carinho que o torcedor do Paysandu nos deu quando negociei há dois meses. Então, eu sinto que o torcedor tem respeito e admiração com o nosso trabalho. Isso valeu muito. Essa questão da torcida, da motivação. Recebi mais de 15 projeções de apoio, de cobranças, de palpites, de escalações. Não tem como não vir entusiasmado para um lugar onde as pessoas me querem bem.

PRIMEIRO CONTATO COM OS JOGADORES

“É um elenco promissor, mas o comportamento de trabalho e do dia a dia tem que ser diferente. Já comandei o trabalho hoje. Esses trabalhos técnicos, eu coloco o Guilherme (auxiliar) dentro da estrutura e eu fico dando pinceladas e dando alguma orientação. Nós temos algumas coisas para trabalhar muito. O retrato do meu trabalho já me deu a condição do que eu vou exigir. Não negocio intensidade. Intensidade para mim tem que ser natural. Não adianta eu ter volume de jogo, não adianta ter um jogador que corre 15 km durante 90 minutos e ele não faça pelo menos mil metros em alta intensidade acima de 25 km. Nós conseguimos fazer isso aqui com o nosso time de 2019/2020.Nós ganhamos jogos aqui com intensidade, inclusive clássicos, que são jogos dificílimos. Isso foi um retrato da equipe que comandamos. Foi assim no Náutico, foi assim agora na Ponte Preta e vai ser assim no Paysandu.












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“Tenho nove jogos, tenho pouco tempo, mas vou ficar pensando que o grupo não tem qualidade? Que o clube teve que mandar 20 jogadores embora na temporada? Não, eu sou positivo. Acho que tenho que pensar daqui para frente. Vou enaltecer o grupo, mas a cobrança vai ser diária.

COMPROMISSO COM O LOBO

“Não vai ter mais a caixinha. Quem não tiver responsabilidade e cumprir religiosamente, eu tiver que ficar correndo atrás para ficar fazendo multinha, não serve para trabalhar comigo, não serve para trabalhar com o Paysandu. Não estou dizendo que este grupo é irresponsável, nada disso. Mas eu estou trabalhando com profissionais. Todos sabem que na minha última passagem tive problemas com isso, mas aqui, agora, não vou ter, porque deixei eles livres para escolher. Minha conversa com eles terminou dizendo que quem não quisesse, iria respeitar. Aqui ninguém é obrigado.

TEM SUAR SANGUE

“Citei para eles que temos quatro meses de vida aqui dentro do clube nessa temporada e isso não vai matar ninguém. Ninguém vai estar perdendo a vida por estar fazendo um sacrifício normal, porque quem é profissional e recebe para fazer aquilo que Deus deu para ele, não é sacrifício. O sacrifício nosso tem que ser natural, nossas atitudes têm que ser naturais. O que eu posso dizer para a torcida do Paysandu é que os resultados virão. Independentemente de resultado, o profissionalismo, a dedicação e o compromisso com a instituição tem que ser muito maior do que nas temporadas passadas. O Paysandu vive em busca desse acesso há muitos anos. Não podemos que matar essa torcida, temos que multiplicar”.












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ALÔ, FIEL

“A torcida do Paysandu tem que ter um pensamento, nesse momento não adianta jogar contra. E ela não joga contra. É muito importante a participação, não é cobrar no final do jogo e vaiar. A participação é o calor humano. Nós temos condições aqui de fazer esse campo do Paysandu uma loucura para o adversário. O adversário aqui tem que sentir dor do torcedor. Qual a dor do torcedor? É o torcedor estimulando e tirando a capacidade de concentração do adversário. Estou muito confiante que no sábado já teremos uma pequena amostra. No geral, vou começar a trabalhar a equipe do jeito que eu gosto apenas na segunda-feira.

ESTILO DE JOGO

“Fizemos um trabalho de comportamento. Não gosto de time que corre para trás, que fica com a linha baixa. Acho que a melhor maneira de controlar o adversário é ter a bola longe da sua área. Temos que ter consciência que a grandeza do Paysandu nos dá a condição de sempre estar buscando o resultado de uma forma agressiva, mas consciente, equilibrada. Vai ter linha alta.

OS PROBLEMAS NO PAYSANDU

“Tenho noção do que está acontecendo com o Paysandu. Agora estou tendo mais noção porque estou vindo para dentro do ambiente. Hoje posso falar baseado no que eu sei da característica do elenco, nos números físicos e baseado no pequeno jogo que fizemos ali, nas reações, já tenho mais ou menos o que vamos necessitar. Vamos necessitar trabalho. Futebol, ganhar não é qualquer coisa, é a única coisa.

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Confira a coletiva completa:

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