A fase eliminatória do Parazão 2022, para o Clube do Remo, já começou. Mas a recente paralisação do certame local faz com que a estreia do time na Série C do Campeonato Brasileiro, daqui a menos de um mês, entre os dias 9 e 11 de abril, de acordo com a tabela básica divulgada pela CBF, também ganhe holofotes. Até porque as atuações do Remo na primeira fase do Parazão serviram de alerta devido a irregularidade demonstrada pela equipe, em um contexto geral, até aqui. O que significa, reforços à vista.
Parte dessa inconstância no gramado se direciona à qualidade do plantel, que demonstra insegurança pela ausência de virtudes e quantidade limitada de opções para alternativas e soluções entre as partidas. O planejamento inicial, portanto, apresenta ruídos na sua estratégia, com dispensas fora de hora, lacunas a serem preenchidas com essas saídas e dúvidas frequentes sobre a projeção dos objetivos estipulados pela diretoria de futebol.
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Cientes de que reforçar é muito mais do que necessário para manter um nível de jogo razoável rumo ao equilíbrio para o Nacional e uma apresentação digna na Copa do Brasil, o “homem forte” do Leão Azul, Nei Pandolfo, executivo de futebol, fez a sua avaliação do trabalho executado até aqui e sobre o futuro azulino. Com ao menos oito atletas à espera de fechar com a equipe até o começo da principal competição do calendário azul-marinho, o dirigente fez um apanhado entre os assuntos que rodeiam o Baenão.
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Confira a seguir.
P O calendário futebolístico azulino está apenas no começo, mas nenhum sinal empolgante no gramado para o futuro. Como avaliar o que o grupo exibiu até aqui em campo?
R O grupo em desenvolvimento físico, técnico e tático, faz a segunda melhor campanha na competição, invicto (esta edição foi fechada antes do jogo de ontem, contra o Caeté) e com uma alternância de bons jogos e jogos com alguma dificuldade. É um grupo em formação, que vem crescendo e sofrendo com as dificuldades da competição, campos pesados que nos tirou alguns atletas importantes, mas, ao mesmo tempo, uma maturação dos atletas mais jovens, que podem aproveitar as oportunidades.
P Algumas apostas feitas para o time deram errado, com saídas precoces e sem atletas para uma recomposição. De alguma forma isso é falha no planejamento?
R É normal em início de temporada a observação de atletas com potencial. Neste processo de adaptação alguns aproveitam e outros têm maior dificuldade. O Whelton teve poucas oportunidades e o Veraldo recebeu uma boa proposta. Os atletas seguem seus caminhos.
P O clube já disse que vai se reforçar, com alguns nomes bastante ventilados. Quantos atletas devem chegar para fazer com o plantel ganhe em qualidade?
R A busca por reforços é sempre constante, difícil numerar, pois na reta final das competições regionais e estaduais o mercado se movimenta muito. Estamos monitorando desde o final do ano e temos uma grande relação de atletas que estão ficando disponíveis no mercado. Já adiantamos várias negociações e estamos buscando reforços de qualidade para fortalecermos nosso elenco.
P A Série C é bem mais adversa que o Parazão, competição na qual a equipe ainda não se encontrou. Qual o parâmetro até aqui da equipe e o que fazer para entrar nos eixos?
R Sem dúvida a Série C é muito competitiva. Com novos reforços vamos crescer na competição. A busca de reforços é constante e um dos segredos é evitar que sejam divulgados nomes e posições. Temos uma infinidade de nomes e selecionamos com a comissão técnica e com a diretoria os que podem nos ajudar nas futuras competições.
P A torcida tem sido um grande termômetro quanto à temporada do time, com críticas e cobranças. De que forma isso afeta o trabalho?
R A cobrança nas grandes equipes é normal, no Clube do Remo é preciso ter personalidade e confiança para jogar e para trabalhar no dia a dia. Estamos todos nos empenhando ao máximo para buscarmos nossos objetivos e a torcida é fundamental. É a força que nos estimula e empurra na busca de resultados nos jogos e de títulos.