Pela primeira vez, três países podem tentar sediar a Copa do Mundo de 2026. Nesta segunda-feira (10), Estados Unidos, Canadá e México planejam fazer um anúncio em Nova York, lançando oficialmente a ideia de uma candidatura única para o torneio que terá 48 seleções e exigirá doze sedes.

Durante o fim de semana, entidades esportivas dos três países têm sugerido que o anúncio “histórico” desta segunda-feira vai mudar a forma pela qual a Copa será organizada. Nos bastidores, dirigentes e autoridades estavam traçando os últimos detalhes do projeto comum, na esperança de que ele possa ser apresentado hoje.

Entre os planos que começam a ser desenhados, um deles prevê que o estádio Azteca seja o local da abertura da Copa, o que o tornaria o único do mundo a ter recebido três Mundiais (1970, 1986 e 2026). A final seria em Pasadena, local que também já foi usado em 1994 no Mundial vencido pelo Brasil. No Canadá, pelo menos uma semifinal seria disputada, além de jogos das fases de grupo.


Pelo novo plano da Fifa, as 48 seleções serão repartidas em 16 grupos de três seleções cada. Se a entidade admite que o Mundial expandido vai garantir um aumento de renda de US$ 1 bilhão, ele também vai exigir uma nova estrutura para receber um número recorde de atletas e de torcedores.

Uma decisão sobre a sede de 2026 será tomada em maio de 2020, ainda que os norte-americanos queiram antecipar uma votação.

Mas existem muitas perguntas que ainda terão de ser superadas até 2020. A primeira delas é a política migratória americana. O temor é de que, com a promessa de construção de muros e endurecimento de concessão de vistos, a circulação de torcedores entre os três países poderia ser afetada. Entre Toronto e Cidade do México, por exemplo, o torcedor terá de viajar 3,2 mil quilômetros.

Outro obstáculo é a Justiça dos EUA. Em novembro, começa o julgamento dos cartolas da Fifa e muitos acreditam que, aqueles que não foram detidos, até hoje nutrem um sentimento negativo em relação ao comportamento das autoridades americanas em relação aos dirigentes do futebol.

Existe, nos bastidores, uma tentativa de evitar que o bloco norte-americano se apresente como a única candidatura. Marrocos, ao lado de Espanha e Portugal, estão em consultas para avaliar um projeto alternativo, com jogos em Lisboa, Madri, Barcelona, Porto, Sevilha, Valência e no norte da África.

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