Os números de Ricardo Catalá à frente do Clube do Remo, desde maio, quando foi contratado, não são necessariamente ruins, mas têm sido insuficientes para a situação do time. Em oito jogos com ele no banco de reservas, o time azulino venceu três vezes, com quatro empates e uma derrota. De 24 pontos disputados, ficou com 13. Se fosse assim desde o início da Série C a campanha possivelmente seria de regular para boa, mas ao assumir a equipe numa situação desesperadora, isso não se traduz numa boa posição na tabela.
Catalá sabe que uma vitória no clássico não será nem perto de suficiente para respirar mais aliviado na luta contra a queda para a quarta divisão, mas trará um “doping” moral enorme, com um pouco mais de tranquilidade de trabalhar. Pelo menos até o próximo desafio.
Na semana que passou ele recebeu no Baenão Paulinho Curuá, volante de boa qualidade técnica, mas longe de ser o reforço de seus sonhos. Após a derrota na rodada passada, 2 a 1 para o Operário-PR em Belém, o treinador foi enfático ao comentar sobre as necessidades no Remo. “A situação na tabela é um ponto, o calendário ser mais curto é outro ponto. Quando tenta tirar um jogador da Série B, ele tem contrato até o final de novembro e aqui o contrato é mais curto, porque o campeonato acaba antes”.
LEIA TAMBÉM:
Clube do Remo: meia é aposta para o clássico decisivo
Com uma dúvida na equipe, Catalá projeta Remo para o Re-Pa
Ele observou também sobre a necessidade em todos os pontos, da imposição física e mental para buscar uma competição sem altos e baixos. “As mudanças dentro de campo têm que ocorrer. Nós nos cobramos pra caramba e sabemos que o futebol no Pará mexe com paixões. Acho que se fossemos um time passivo seria pior. Clássico é clássico. Sabemos a importância do jogo e vamos nos preparar bem para deixar de conceder chances bobas ao adversário”, finalizou Catalá, esperançoso em uma melhora diante do arquirrival.
“As mudanças dentro de campo têm que ocorrer. Nós nos cobramos pra caramba e sabemos que o futebol no Pará mexe com paixões. Acho que se fossemos um time passivo seria pior. Clássico é clássico. Sabemos a importância do jogo e vamos nos preparar bem.” Ricardo Catalá, técnico do Remo