Na recente história do Clube do Remo, entre tantos nomes que ficaram gravados na mente do torcedor azulino, um deles foi o dono da camisa 10 por algum tempo, e porque também não dizer, dono da camisa 33. Sim, estamos falando do goiano de Caçu, Eduardo Ramos. Com atuais 37 anos, meio-campista que viveu uma intensa relação (em alguns momentos de amor e ódio) com o Leão Azul Paraense.

Quando chegou ao time azul-marinho, após conturbada negociação que o tirou do Paysandu, onde foi craque do Parazão e um destaques na Série B de 2013, Eduardo não sabia que após o dia 15 de dezembro (data da apresentação no amistoso contra o Londrina, onde desceu de helicóptero no Mangueirão) muita coisa iria mudar na sua vida, sobretudo ter um profundo envolvimento com o Filho da Glória e do Triunfo.

Entre as tantas idas e vindas, com direito a alguns fatos polêmicos extracampo, Eduardo atuou no Evandro Almeida, entre 2014 a 2020, com 130 jogos disputados e 33 gols marcados, além dos dois títulos estaduais com o Remo, em 2014 e 2015, e os acessos em 2015 (Série D) e 2020 (Série C). E mesmo alguns anos fora do time, ele segue sendo considerado um dos ídolos dos torcedor. Em revelou em entrevista exclusiva ao DOL, o desejo de voltar ao Estádio Baenão.

PRESIDENTE FÁBIO BENTES

“Independente de todos os candidatos que aí estão, qualquer um que for eleito, vai pegar um clube em ordem: salários em dia, sem ação na justiça, sem dívidas. E isso se deve muito ao Fábio Bentes. Ele como administrador, contribuiu muito ao clube. Eu sou prova disso e ninguém tem direito de falar alguma coisa dele. Acho que os erros da gestão foi por ele ficar cercado de pessoas que não tiveram boas opiniões e não ajudaram ele. Quem foi eleito já entra sabendo que não se pode administrar o Remo como antigamente, fazendo coisa errada”.

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POLÍTICA INTERNA DO CLUBE

“Nunca escondi o desejo de voltar para o Clube do Remo, de contribuir e ajudar de alguma forma. Sempre acompanhei de longe e falei o menos possível. E até queria que fosse sem ter envolvimento em política no clube, não é do meu perfil e muito menos agora. Há sim um candidato que eu vejo ser é um cara que está buscando informação, conhecimento, que é algo diferente do que vimos anos atrás que muita gente sabe como funciona. Até fui convidado por ele na semana passada, mas disse que ia pensar por não querer estar metido em política”.

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VONTADE DE CONTRIBUIR

“O torcedor tem que ter noção, que independente de A ou B, existe um conselho, tem que ter prestação de conta, tem que ter noção da pressão, mas vejo que todos os que estão atualmente sobre como as coisas funcionam dentro do Remo. Acho que nem tenho direito de falar algo sobre alguém, mas é um desejo meu de voltar a contribuir de alguma forma. Ainda mais esse ano que a vontade aumentou ainda mais, com uma folha de R$ 1 milhão e não ficar entre os oito”

ERROS NO PLANEJAMENTO 

“O cara mora bem, tem salário em dia, mora na capital, tem condições de treinamento, recebe em dia, torcida abraçando, e ouvir de um diretor (executivo Thiago Gasparino) que não consegue de contratar. Não é possível! O cara chegar e não ter noção do peso que é jogar no Remo, é brincadeira! Onde eu vou, todos falam da grandeza do Clube do Remo, que gostaria da oportunidade de um dia jogar. Desejo voltar, mas não gostaria que fosse através de política, mas espero o melhor para o clube e quem tenha a oportunidade”.

SOFRIMENTO COMO TORCEDOR

“No jogo contra o CSA, mesmo se tivesse a vitória não teria se classificado, mas depois dos 35 minutos finais, fiquei desesperado e entendi mais ainda que quem está do lado de fora sofre. Torcer é agoniante e da raiva e entendo quando eu estava ‘na inhaca’ os caras me xingavam. Os caras pedindo pra tomar gol. Um lance teve seis jogadores contra quatro e Remo não conseguia fazer gol”

EXECUTIVO DE FUTEBOL

“Sempre tive muita vontade de trabalhar no futebol do Clube do Remo, ter a oportunidade e acho que não iria errar muito, pois sei que a cobrança é pesada. Leva jogadores que ficam 3 jogos e somem. Mas não se faz executivo do dia pra noite, mas pelo menos poderia contribuir de alguma forma para montar equipe forte e competitiva. No mínimo, ter a responsabilidade de vestir a camisa do Remo. Tudo isso já é um passo de contribuir de alguma forma”

ÚLTIMO JOGO DA CARREIRA

“Sim, ainda tenho sim esse sonho que é fazer um jogo de despedida para o torcedor do Remo”

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