Mesmo disputando a Série B e até mesmo quando esteve na Série C, durante seis anos, a presença de público nos jogos do Paysandu em Belém sempre chamou a atenção nacional. Este ano, o clube ocupa, no momento, a 4ª colocação no ranking de público da Segundona, com média de 5.511 torcedores por jogo, em 5 partidas disputadas em casa, diante de sua torcida. A média é considerada baixa para os padrões do clube, com a campanha do time contribuindo para isso.
Ocupasse uma das vagas no G4 da Série B, como já ocorreu no campeonato, a posição do Papão no ranking de público seria bem melhor. Um termômetro para se medir isso pode ser o jogo em que o time bicolor bateu o Internacional-RS (1 a 0), pela 3ª rodada da competição, com público de 10.118 torcedores presentes no Mangueirão, em Belém.
O confronto com o Colorado, cuja a renda foi de R$ 235.685, dá uma ideia do que representaria o retorno do clube alviceleste à Série A do Brasileiro em termos de público e arrecadação aos seus cofres. A comparação também pode ser tirada do confronto em que os bicolores enfrentaram o Santos-SP, equipe da Série A, pela Copa do Brasil, em Belém, quando 13.548 torcedores estiveram no Mangueirão, proporcionando uma renda de R$ 251.370.
BOA CAMPANHA VALE PÚBLICO
Um faturamento de R$ 1 milhão e até mesmo um pouco mais. É o que imagina o diretor do projeto Sócio Bicolor, Erick Almeida, 33 anos, caso o Paysandu consiga assegurar, este ano, uma das 4 vagas que dão acesso a Série A do Brasileiro de 2018. “A gente teria algo em torno de 10 mil associados adimplentes, número bem superior ao que temos hoje, com o time disputando a Série B”, imagina o dirigente.
Erick destaca que, além da cota de participação, que saltaria dos R$ 5 milhões atuais para R$ 23 milhões, no mínimo, a agremiação ainda teria maiores arrecadações nos jogos do time. “O jogos seriam contra as principais equipes do nosso futebol e, com isso, os preços dos ingressos, consequentemente, seriam maiores”, argumenta Almeida, projetando o bilhete de arquibancada a R$ 50, R$ 20 a mais que o praticado pelo clube na Segundona. Deixando de lado as conhecidas vantagens que o Brasileirão oferece em termos financeiros, Almeida destaca ainda que o clube poderia faturar alto, também, com a negociação de jogadores. “A Série A é uma grande vitrine e como a gente vem lançando muitos garotos da base, de repente algum deles poderia representar um grande negócio para o clube”, aponta. Mas, o dirigente faz um alerta. “Todas essas vantagens só seriam viáveis diante de uma boa campanha do time. Não adianta disputar a Série A e ficar lá nas últimas colocações”, afirma.
(Nildo Lima)