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Dona da SAF do Vasco é acusada de fraude e esquema Ponzi

Nos últimos anos, o surgimento das Sociedades Anônimas de Futebol (SAFs) no cenário do futebol brasileiro parecia representar uma promessa de solução para os recorrentes problemas financeiros enfrentados pelos clubes. Com a expectativa de uma gestão mais profissionalizada e transparente, as SAFs foram vistas como uma oportunidade de estabilidade econômica e crescimento sustentável para as agremiações.

No entanto, um escândalo envolvendo a 777 Partners, dona da SAF do Vasco, lança uma sombra sobre essa narrativa otimista, suscitando questionamentos sobre a integridade e eficácia do modelo, à medida que os desdobramentos legais ganham destaque na Justiça dos EUA.

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A empresa proprietária da SAF do Vasco está no centro de um escândalo financeiro, enfrentando acusações de fraude e envolvimento em um possível esquema de pirâmide – conhecido nos EUA como esquema Ponzi. O fundo inglês Leadenhall Capital Partners moveu uma ação na Justiça americana, alegando que a 777 Partners é uma “marionete” do fundo americano A-CAP.

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Segundo a ação judicial, a Leadenhall Capital Partners afirma que a 777 Partners, controladora da SAF do Vasco, é de fato dominada pela A-CAP, um fundo americano liderado pelo empresário Kenneth King. O fundo inglês vai além, apelidando o executivo de “Mágico de Oz por trás da cortina da 777 Partners”.

As acusações ganharam destaque inicialmente através da rede de televisão “Bloomberg”, de Nova Iorque. A controvérsia envolve um empréstimo de R$ 1,7 bilhão realizado pela 777 Partners, que teria utilizado como garantia supostos fundos inexistentes ou que não lhe pertencem.

ESQUEMA DE PIRÂMIDADE FINANCEIRA

Após mais de um ano de espera, a Leadenhall Capital Partners finalmente decidiu levar o caso à Justiça. Em 29 de março de 2024, um acordo preliminar foi alcançado entre o fundo inglês e a 777 Partners para o pagamento da dívida por meio de amortizações em datas pré-determinadas. Contudo, a A-CAP, fundo controlador da 777, vetou o acordo estabelecido.

Além das acusações de fraude, a Leadenhall Capital Partners levanta suspeitas sobre os negócios da 777 Partners, sugerindo a existência de um possível esquema de pirâmide. O fundo inglês alega que a empresa de Josh Wander não possui capital suficiente para investimentos e estima que a dívida dela com a A-CAP ultrapassa US$ 2 bilhões (R$ 10,1 bilhões).

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