Após afirmar que o incêndio no Ninho do Uburu, que provocou a morte de dez atletas da base do Flamengo, não teria acontecido caso ainda fosse o presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello aproveitou uma entrevista à Fox Sports, nesta quinta-feira (23), para se justificar.

Incomodado com a repercussão de sua fala na terça-feira (21), o ex-presidente explicou que a afirmação deveu-se ao fato de, ainda em seu mandato, os jovens das categorias de base do clube já utilizarem o antigo centro de treinamento dos profissionais, e não o alojamento onde ocorreu o incêndio.

“Quando eu falei que se eu fosse presidente do Flamengo não teria havido o incêndio, eu estava me referindo ao fato de que os jogadores da base do Flamengo já estavam ocupando o Centro de Treinamento novo antes de eu sair da presidência”, falou Bandeira, que comandou o Rubro-negro entre 2013 e 2018.


“A partir do dia 2 de dezembro, o Centro de Treinamento já estava liberado para a base. (…) O fato é que de acordo com o nosso planejamento, os meninos já estariam no Centro de Treinamento destinado a eles”, completou.

O ex-presidente ainda rebateu alguns pontos da nota oficial divulgada pelo Flamengo após sua entrevista ao jornalista da ESPN. Bandeira de Mello alega não ter recebido nenhum documento de interdição do Ninho do Urubu, assim como multas em relação ao alojamento dos jovens.

“Não houve nenhuma multa, nenhuma advertência sequer, nada relativo nem de órgãos estaduais, muito menos de bombeiros, relativo ao alojamento dos meninos. Nunca teve. (…) A tal interdição da prefeitura, que nunca ninguém viu, vocês cobriram os treinos do Flamengo durante um ano e três meses, no meu mandato, sem saber que o CT estava interditado. Nem eu saiba, nem ninguém sabia, nem o prefeito sabia, porque ele mandou representante na inauguração do CT que, teoricamente, ele teria interditado”, falou o ex-dirigente.

O ex-dirigente também também questionou a acusação de homicídio, ocorrida em junho do ano passado:

“Eu sou o único dirigente que está sendo acusado de ser um homicida, e isso é extremamente desagradável. (…) A partir do momento que foi noticiado, em junho do ano passado, que eu fui o único dirigente amador indiciado por homicídio doloso, a minha vida passou a ser um inferno, porque me chamam de assassino nas redes sociais”, reclamou.

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