Na abertura oficial do primeiro dia da COP30, o uso da tecnologia para auxiliar a população a lidar com os efeitos da mudança do clima foi o destaque dos debates. O Brasil compartilhou soluções como o alerta para riscos de eventos climáticos extremos.

A tecnologia foi destacada como uma  ferramenta  importante no combate à mudança do clima. “O debate sobre tecnologia é fundamental. Em uma conferência voltada à implementação e à aceleração das ações climáticas, a tecnologia é o que nos permite alcançar escala e velocidade”, afirmou a CEO da COP30, Ana Toni.  

Durante o evento, foi realizado o lançamento da “Green Digital Action Hub” – uma plataforma que apoia soluções tecnológicas para o clima em 82 países. A iniciativa é resultado da Declaração de Ação Digital Verde acordada por 82 países e 1.800 organizações na COP29, no Azerbaijão. 

“A Green Digital Action Hub, ou GDA Hub, reúne diversos atores, incluindo o Banco Mundial, a Coalizão do Pacto Verde Europeu, a Agência Alemã de Cooperação Internacional, a Coalizão para a Sustentabilidade Ambiental Digital e o Instituto Global de Crescimento Verde, sob a liderança brasileira”, explicou o secretário-geral Adjunto da União Internacional de Telecomunicações (ITU, na sigla em inglês), Tomas Lamanauskas. 


Na mesma sessão, foi lançado o Instituto de Inteligência Artificial (IA), uma iniciativa global que busca apoiar governos no desenvolvimento de soluções tecnológicas voltadas à ação climática. 

“Nosso objetivo é garantir que esse trabalho global de integração do digital às soluções climáticas avance de forma coordenada, assegurando que as tecnologias digitais sejam sustentáveis e contribuam efetivamente para o enfrentamento da crise climática”, completou Tomas. 

Exemplos de sucesso

A ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck, comentou a experiência brasileira de tecnologias para auxiliar na crise climática.

As soluções tecnológicas do Brasil foram citadas como ferramentas que auxiliam no enfrentamento da crise climática, a exemplo do sistema da Defesa Civil que emite alerta de riscos de eventos extremos. A ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck, relembrou as enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul, no ano passado, quando a plataforma gov.br serviu como carteira digital de identidade para quem havia perdido os documentos e também para a concessão de benefícios sociais. 

“Conseguimos implementar em seis dias um sistema de pagamento de benefícios. Isso foi possível porque juntamos a estrutura de sistemas de pagamentos, com a de identidade, além das estruturas adicionais de identificação de pessoas em situação de emergência. Estamos produzindo um estudo de caso que relata este processo, como inspiração e referência para que outros possam fazer o mesmo e mitigar efeitos negativos das mudanças do clima”, contou Dweck.

A ministra antecipou que, nesta terça-feira (11/11), o Brasil vai lançar a Agenda de Ação, que é um Plano de Aceleração de Soluções de Infraestrutura Pública Digital e Bens Públicos Digitais (DPG, na sigla em inglês). “Isso faz parte de uma agenda mais ampla, de transformação e melhoria do Estado. Sabemos da importância da construção de soluções conjuntas e compartilhadas”, concluiu.

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Digite seu nome aqui