Na semana passada, o treinador do Clube do Remo, Márcio Fernandes, fez questão de afirmar que não estava tão preocupado com a seca de vitórias do Leão sob o seu comando, que até então, tinha conquistado três empates. A confiança do comandante era respaldada pelo progresso da equipe, reiterando que cedo ou tarde o trabalho seria agraciado. E de fato foi.
Ontem à tarde, no estádio Mangueirão, em Belém, Fernandes soltou o grito de vitória que estava entalado desde que assumiu a comissão técnica azulina e, individualmente, há nove meses, período que o profissional não trazia três pontos na bagagem, após vencer o Paragominas, por 2 a 0, pela rodada final da fase classificatória do Campeonato Paraense. Isolado na ponta do seu chaveamento com 19 pontos, a liderança permitirá que os remistas façam o jogo da volta do mata-mata em casa, sendo o primeiro já na tarde desta quarta-feira (3), em Bragança, diante do Bragantino, segundo colocado da chave.
Um fator interessante no decorrer da partida de ontem, foi a formatação da onzena titular. Com uma equipe alternativa, Márcio abriu mão de jogadores considerados titulares para o duelo, como o zagueiro Kevem e o meia Douglas Packer, além do atacante Gustavo Ramos, com a entrada de Fredson, Echeverría e Alex Sandro nas posições, respectivamente. E, para alguns, a formação atuou de forma mais produtiva que a considerada principal: com posse de bola, criação no meio-campo e solidez na defesa, apesar dos erros contínuos de finalização e compactação.
No primeiro tempo, o Remo aproveitou o volume de jogo aliado à afobação do Jacaré, que necessitava do triunfo para tentar a classificação, para captar as suas jogadas. Lailson e Emerson Carioca, por exemplo, tiveram chances de abrir o placar. Em resposta, o PFC, mais ágil em campo, contudo pouco levou chances reais de perigo a Vinícius. Felipinho de fora da área e Wilker em cabeceio foram as principais.
PÊNALTI
A partida deu uma quebrada, depois de marcação de pênalti, aos 29 minutos, de Michel em Emerson Carioca. Os alviverdes retrucaram. Echeverría, que não estava nem aí, pegou a bola e mandou um canudo no meio do gol, sem chances para o arqueiro, aos 30, colocando o Leão na vantagem. Kaíque ainda poderia deixar tudo igual antes do apito parcial, se não tivesse isolado a sua chance.
Como o Independente, naquela altura, já estava entrando no couro, em Bragança, bastava uma vitória simples para os visitantes avançarem de etapa e, logo no começo do segundo tempo, Samuel Cândido pediu entrega total do grupo.
O PFC buscou o abafa, porém, sem efetividade. A pressão em reverter à situação, novamente, permitiu o controle da etapa complementar ao Leão, que precisou de sete minutos para chegar ao segundo gol, desta vez, com Emerson Carioca, após cobrança de escanteio de Echeverría. Assegurando o placar, o Remo basicamente priorizou o toque de bola e a marcação para garantir o retorno das vitórias na competição.
(Matheus Miranda/Diário do Pará)