Apesar das adversidades na semana passada, a corrida eleitoral no Clube do Remo iniciou com todas as forças na última segunda-feira (22). Os postulantes ao Conselho Diretor (Codir) pela oposição seguem firmes nas divulgações de suas propostas, além da composição de suas equipes para atuação na administração pelo próximo biênio (2019/20), caso eleitos. Até mesmo os representantes da situação já agilizam as movimentações, contudo, de forma mais tímida, uma vez que estão no aguardo da liberação, agora sob o aval da Assembleia Geral, após novo pedido de impugnação nas respectivas candidaturas à presidente (Manoel Ribeiro) e vice-presidente (Hilton Benigno).
Por estar sujeito a interpretações, conforme o artigo 87 e parágrafo único do estatuto da instituição, não há tempo-limite para que seja dado um veredito por parte do fórum extraordinário, algo que pode perdurar até a data das eleições, no dia 10 de novembro. No entanto, o próprio responsável pela Assembleia Geral destacou que não vai deixar o imbróglio se estender. “É um assunto delicado, que precisa de tempo para análise, mas a decisão não vai se arrastar para as margens da eleição”, adiantou Robério Abdon D’Oliveira, porém, sem sinalizar uma data para posicionamento oficial.
Por ser a última instância de recursos dentro do clube, assim como o presidente da Junta Eleitoral, João Moscoso, D´Oliveira reiterou a possibilidade da Justiça Comum ser acionada em caso de contrariedade das partes envolvidas. “É uma possibilidade, sim. Pela proximidade da data do pleito isso pode afetar as eleições. Mas precisamos, antes, decidir o que aponta as documentações”, orientou.
Ao observar o encaminhamento dos oponentes, Manoel Ribeiro acredita que está sendo prejudicado na sua campanha. Pois, além de ainda tomar decisões fundamentais com validade à atual gestão, a concentração na sua reeleição acaba tomando outra direção, como explicou. “Ainda sou presidente. Semana passada, ao lado dos companheiros, assinamos o contrato para as obras no nosso estádio. Evidentemente que temos nossas responsabilidades, e isso (impugnação) certamente atrapalha. Não me preocupo com os demais (concorrentes), mas isso prejudica, sim. Não tem solução que não aguardar, e vamos, mais uma vez, provar que não tem nada de errado”, disse Ribeiro.
(Matheus Miranda/Diário do Pará)