Hora de administrar a pressão
Desde a traumática perda do acesso na Série C e do título da Copa Verde, no final do ano passado, o ambiente interno do PSC não encarava um desafio tão forte como nesta semana. O empate contra o Santa Cruz na abertura do Brasileiro e a inesperada derrota para o Paragominas compõem um cenário que exige muita habilidade por parte de diretoria e comissão técnica para evitar desdobramentos mais graves para o clube.
Os problemas começam pela chamada gestão de vestiário, até então vista como excelente sob o comando do técnico Hélio dos Anjos. Disciplinador, mas de temperamento tranquilo, o veterano treinador sempre controlou muito bem o ambiente no elenco. Nem as supostas divergências com o executivo Felipe Albuquerque atrapalharam o trabalho.
De um momento para outro, porém, a parte técnica começou a falar mais alto e a gerar ressalvas. As goleadas sobre Paragominas e Itupiranga (4 a 0 e 4 a 1, respectivamente) confirmaram a liderança absoluta do certame estadual, mas não passaram a segurança necessária.
Apesar do acerto da política de preservar o elenco, o time não voltou a campo com a consistência tática esperada. Ao contrário do período pré-pandemia, quando a defesa era um ponto de destaque e referência, os dois jogos pelo Estadual exibiram uma linha defensiva cheia de buracos, com jogadores lentos e pouco reativos.
Aí veio a semifinal contra o Paragominas, mesmo time que o PSC havia massacrado ao longo da fase classificatória, com 9 gols em dois confrontos. Aparentemente, um adversário fácil. Todas as previsões, baseadas no retrospecto, indicavam a classificação tranquila e sem sustos do Papão.
De um momento para outro, porém, a parte técnica começou a falar mais alto e a gerar ressalvas. As goleadas sobre Paragominas e Itupiranga (4 a 0 e 4 a 1, respectivamente) confirmaram a liderança absoluta do certame estadual, mas não passaram a segurança necessária.
Apesar do acerto da política de preservar o elenco, o time não voltou a campo com a consistência tática esperada. Ao contrário do período pré-pandemia, quando a defesa era um ponto de destaque e referência, os dois jogos pelo Estadual exibiram uma linha defensiva cheia de buracos, com jogadores lentos e pouco reativos.
Aí veio a semifinal contra o Paragominas, mesmo time que o PSC havia massacrado ao longo da fase classificatória, com 9 gols em dois confrontos. Aparentemente, um adversário fácil. Todas as previsões, baseadas no retrospecto, indicavam a classificação tranquila e sem sustos do Papão.
Ledo engano. Foi a bola rolar no Mangueirão e o time treinado por Robson Melo tomou conta das ações, aproveitando os espaços que a marcação adiantada dos zagueiros do PSC permitiam. Em saídas rápidas, o PFC repetiu a movimentação ofensiva mostrada pelo Itupiranga, mas foi mais efetivo. Criou cinco chances claras e fez dois gols no 1º tempo.
Com muita dificuldade, com várias mudanças na equipe, incluindo o atrapalhado Uilliam no ataque, o PSC só deu o primeiro chute em direção à trave do goleiro Gustavo depois dos 30 minutos, e chegou ao gol nos minutos finais, em cabeceio de um isolado Nicolas.
Na etapa final, o PSC pressionou e empatou, aproveitando as mudanças e o melhor condicionamento. Ainda assim, nos acréscimos, depois que o zagueiro Wesley Matos foi expulso após sarrafada em Aleilson, o PFC cravou a merecida vitória com um golaço de Valker.
O que tinha tudo para ser um passeio bicolor nas semifinais terminou virando um pesadelo. Com a confiança abalada, o PSC terá que superar um adversário em vantagem, jogando pelo empate para se classificar à final. Os dados ainda estão rolando, mas a carne assada virou angu de caroço.
Os caminhos da recuperação incluem ainda o difícil embate de sábado contra o Vila Nova (GO), em Goiânia, pela Série C. Um novo tropeço pode fazer eclodir a crise até agora represada pela diretoria do clube.
Remo exagera na acomodação, mas abre vantagem na semifinal
Com um gol logo de cara, em chute torto do zagueiro Lucão aos 3 minutos, o Remo teve o início de jogo perfeito. Passou a ter tempo e espaço para construir uma vitória mais vantajosa, mas se excedeu nos erros e cautelas.
O time entrou com a mesma formação da estreia na Série C, como forma de adquirir entrosamento. Posicionou-se bem e não permitiu nenhum ataque perigoso por parte do Castanhal.
Eduardo Ramos desviou de cabeça aos 16 minutos um cruzamento perfeito de Marlon, melhor figura em campo. O goleiro fez grande defesa e o Remo travou as subidas e só teve mais um lance de perigo com Gustavo Ermel.
Na etapa final, o Castanhal reforçou o setor ofensivo com a entrada de Pecel, Dioguinho e João Leonardo, mas continuou a errar passes e não conseguiu incomodar a última linha remista.
O Remo também mudou peças – Carlos Alberto, Robinho, Kevem, Wallace e Packer substituíram Gelson, Júlio Rusch, Jansen, Ermel e Eduardo Ramos.
A vantagem fez com que o Remo ousasse menos deixando de agredir e buscar mais gols. O excesso de volantes abafou a transição e a agressividade do time. A rigor, só houve uma chance real na segunda etapa, em cabeceio de Lucas.
Muito pouco para as possibilidades que um desorganizado Castanhal oferecia, mas suficiente para satisfazer os planos do técnico Mazola Jr. Inegável, porém, que ficou faltando mais apuro nos passes e dedicação ao ataque.
O pragmatismo garantiu a vitória, mas mantém a disputa em aberto.
Covid: CBF precisa de critérios para adiar e liberar jogos
Ninguém entende mais os critérios usados pela CBF em relação a times que tiveram jogadores positivados para covid-19. Ontem, a entidade a muito custo atendeu o pedido de adiamento do jogo Imperatriz x Jacuipense, pela Série C.
O problema maior é que, mesmo diante do pandemônio observado nas primeiras rodadas dos campeonatos nacionais, a CBF não estabeleceu a quantidade de atletas infectados que provocará à suspensão de jogos.
Há uma clara discrepância no tratamento dado aos clubes. O Goiás obteve a suspensão da partida com o S. Paulo porque tinha nove atletas contaminados. Na quarta-feira, o time alviverde entrou em campo, apesar dos desfalques.
O CSA também contabilizou nove infectados antes de enfrentar o Guarani pela Série B e a partida não foi adiada. Segundo a CBF, o único critério é se o time tem jogadores em número suficiente para jogar.
É urgente definir uma regra fixa e clara para que nenhum clube venha a ser prejudicado e, ao mesmo tempo, evitar os riscos de manipulação.
Outra questão que preocupa a maioria dos clubes é a determinação da comissão médica da CBF quanto ao período de imunização dos atletas que testaram positivo. Para Jorge Pagura, chefe da comissão, todos que cumprirem a quarentena de 10 dias estão liberados para jogar. Há controvérsias.