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Cobrança bicolor é grande para o clássico decisivo

Desde o início da Série C parte da torcida tem colocado em xeque o trabalho que vem sendo feito na Curuzu. Duas derrotas, um empate e uma vitória na competição nacional. Esse histórico foi suficiente para ligar o alerta na Fiel e, nesses casos, quem é mais cobrado sempre é o treinador. Hélio dos Anjos vem desde o ano passado fazendo um trabalho no Paysandu que, se analisado apenas os números, o credencia a permanecer à frente do clube. E, ao que tudo indica, esse é o pensamento corrente por lá.

No entanto, como se costuma afirmar hoje em dia, campeonatos estaduais servem apenas para derrubar treinadores e atrasar trabalhos. Amanhã e domingo serão disputadas as duas partidas decisivas e serão justamente contra o maior rival. Se clássicos Re-Pa’s já têm potencial para criar heróis e derrubar mitos, dessa vez ele ganha contornos mais dramáticos ainda.

Se estivesse numa situação melhor na Terceirona, a decisão do estadual estaria num patamar de coadjuvante na temporada, a despeito de ser o principal embate entre as duas equipes. A torcida paraense já pensa mais na competição nacional do que no Parazão. Mas é fato que uma vitória sobre um rival histórico serviria provavelmente como uma injeção anabolizada de ânimo para o que está por vir.

Hélio dos Anjos defende seu trabalho e garante que variações de rendimento são normais, mas que os treinos diários são para minimizar essas caídas. “O trabalho está sendo feito há tempos e o planejamento para o Re-Pa já estava traçado antes mesmo de sabermos do resultado diante do Manaus. Obviamente que temos que melhorar, não estou satisfeito com o rendimento do time, mas temos que ter mais uma mudança de postura do que de tipos de treinos”, comentou o técnico bicolor logo após a derrota de 2 a 1 para o Manaus-AM, no último sábado.

Para mudar a postura vai ter que haver muita conversa, que é basicamente o que o treinador poderá fazer antes dos dois clássicos. Tempo para treinar com bola é escasso, então está na hora de Hélio dos Anjos mexer com os brios dos atletas.

(Diário do Pará)

 

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