O Campeonato Paraense já é passado. Durante este primeiro semestre, o Clube do Remo teve alguns problemas, principalmente de bastidores, que acabaram atrapalhando o time nas competições. Depois das eliminações precoces na Copa do Brasil, Copa Verde e do vice-campeonato do Parazão, os azulinos querem observar estes erros para corrigi-los e se dar bem na Terceirona.
O técnico Josué Teixeira comenta que o Estadual serviu como um “laboratório”, para que todos começassem a se conhecer e a entender como o Remo vai funcionar internamente. “As pessoas sabem quem manda e quem não manda. O presidente está controlando as coisas. A gente fica mais tranquilo em relação a isso e tenho certeza que vamos fazer um grande trabalho”, destaca.
O treinador aguarda a regularização dos novos contratados, para saber que time montar para o jogo do próximo domingo, contra o Fortaleza, às 19h, no Mangueirão.
Se novos jogadores entram, é provável que alguns devam sair. Porém, Josué conta que ainda haverá decisão sobre este caso. “Vamos sentar esta semana com calma, ver o que é melhor para o Remo”, conta. Apesar de o Leão ter amargurado o terceiro insucesso neste primeiro semestre, o treinador se diz firme e forte para a Série C. “Estou cada vez mais motivado. Você termina um jogo, perde um título e a torcida te aplaude, demonstra que entenderam o projeto. Vamos buscar este acesso para a Série B, com certeza”, afirma.
ATUAÇÕES
André Luís – O arqueiro não teve culpa nos gols e ainda salvou bolas difíceis. Nota 5
Léo Rosa – O lateral esteve mais uma vez apagado no jogo. Nota 4
Rodrigo – Entrou no lugar de Léo e deu mais lucidez ao Remo, sendo premiado com um gol. Nota 6
Igor João – Falhou nos gols do Paysandu. Nota 4
Henrique – Esteve seguro na zaga, fazendo uma partida melhor que seu companheiro. Nota 5
Zé Antônio – Discreto em campo. Nota 5
Marquinhos – Voltou a errar muitos passes e não marcar ninguém. Deixou Rodrigo Andrade avançar sozinho no primeiro gol bicolor. Nota 3
Jayme – Não esteve bem jogando de meia, mas fez uma partida razoável quando foi para a lateral. Nota 5
Gabriel Lima – Ficou devendo, mas tem potencial. Nota 5
Edgar – Não conseguiu repetir a atuação do primeiro jogo. Nota 6
João Victor – O jogador mais lúcido da equipe. Trabalhou bem as jogadas durante o tempo que esteve em campo. Nota 7
Val Barreto – Não acrescentou em nada. Nota 4
Josué Teixeira – Foi bem nas duas primeiras mexidas, mas, botando Val Barreto, o treinador acabou tirando a mobilidade do ataque. Nota 5.
SE O JOGADOR NÃO TÁ 100%…
O Clube do Remo, durante todo o Campeonato Paraense, sofreu com ausência de jogadores, por causa de lesão. Por esse motivo, o técnico Josué Teixeira, com um elenco limitado nas mãos, precisava quase sempre improvisar a equipe. Contra o Paysandu, na tarde de ontem, mais uma vez o Leão sofreu. A estratégia de Josué Teixeira, que não tinha Flamel para armar as jogadas, foi utilizar Jayme como homem de criação, mas logo ele viu que não deu muito certo. “Com cinco minutos do segundo tempo, eu percebi que não dava para manter aquele posicionamento. A gente não ia agredir, nem ter posse de bola”, comenta.“Pena que o João Victor cansou. As trocas foram necessárias”, completa.
O comandante comenta ainda que a parte física pesou. “Eu não poderia colocar o Rodrigo antes, que ele não ia ter carga para jogar o tempo todo. O Fininho também não. Nosso trabalho tem sido assim, você não tem o jogador 100% dentro de campo”, afirma. Em relação ao resultado do jogo, o técnico afirma que o Paysandu foi superior no primeiro tempo e o Remo no segundo. “Creio que o empate seria ideal, e os pênaltis decidiriam o campeão. Mas eles foram competentes. Futebol é assim, bola na rede e eles ganharam”, conclui.
(Café Pinheiro/Diário do Pará)