A tradição de premiar os campeões da Copa Verde e do Nordeste com uma vaga direta na terceira fase da Copa do Brasil chegou ao fim. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) oficializou a mudança no Regulamento Específico da Competição (REC) para 2025, alterando um benefício que estava em vigor desde 2020 e que era visto como um atrativo fundamental para os clubes.
A decisão foi divulgada na noite da última terça-feira (10), com a publicação do novo regulamento. No artigo 4º do Capítulo 2, que antes assegurava a vaga aos campeões regionais, o texto foi completamente suprimido. Sendo assim, o Paysandu, vencedor da edição 2024 da competição, será o último campeão a ter o direito de entrar na fase avançada da Copa do Brasil em 2025.
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A exclusão desse benefício pode impactar diretamente o prestígio e a competitividade da Copa Verde, que vinha atraindo clubes com o apelo da vaga direta na fase avançada da Copa do Brasil. Desse modo, essa mudança pode desestimular as equipes participantes, que perdem uma oportunidade de maior visibilidade e cotas financeiras significativas.
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FÓRMULA DE DISPUTA MANTIDA
Em 2025, a Copa Verde tem início programado para o dia 22 de janeiro e seguirá o formato consolidado nas edições anteriores. O torneio regional será dividida em cinco fases. A primeira, considerada preliminar, reúne 16 equipes em confrontos eliminatórios, distribuídas em oito grupos com dois times cada. Esses jogos serão decididos em partida única, com os vencedores avançando à próxima etapa.
Na segunda fase, as equipes classificadas enfrentarão outros oito times previamente garantidos no torneio com base no ranking da CBF. Também nesta etapa, os duelos serão resolvidos em partidas únicas. A partir da terceira fase, que corresponde às quartas de final, o formato muda para jogos de ida e volta, aumentando a competitividade.
FIM DOS TORNEIOS REGIONAIS?
Até o momento desta publicação, a CBF não havia apresentado justificativas oficiais para a mudança que retirou dos campeões da Copa Verde e do Nordeste a vaga direta na Copa do Brasil, gerando questionamentos no cenário esportivo.
Nos bastidores, contudo, especula-se que a medida faz parte de uma estratégia para enfraquecer os torneios regionais e abrir mais espaço no calendário para os campeonatos estaduais, atendendo aos interesses das federações estaduais, que historicamente exercem forte influência na entidade máxima do futebol brasileiro.
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