Perder um clássico nunca é bom. A cobrança aumenta, o clima muda, o trabalho passa a ser questionado. E é tudo isso e mais um pouco que o Clube do Remo está vivendo atualmente. O Leão começou a rodada na zona e precisava vencer o Paysandu para sair, mas a derrota para o maior rival coloca o trabalho de Ricardo Catalá em xeque.

“Finalizamos 17 vezes e o adversário cinco e fizeram o gol.
Nós tivemos um pênalti perdido, o volume do jogo, mas não fomos competentes. Eu
venho falando há algum tempo. Fomos atrás de peças no mercado e encontramos
dificuldade em qualificar o que a gente tem. Quando precisamos de repertório de
mudanças, temos dificuldades, mas não é desculpa para essa camisa do tamanho
que é a do Remo. Precisamos assumir a responsabilidade e fazer mais. Se o time
não criasse tanto, seria mais preocupante. Algumas coisas estamos trabalhando,
como as finalizações, mas chega no jogo e precisamos da qualidade e competência
do jogador de colocar para dentro. Está faltando isso para nós, pois a
responsabilidade é de todos”, destacou.












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“Precisamos pontuar o máximo possível. A situação era
crítica e hoje é ruim. Uma vitória teria nos colocado a poucos pontos da zona
de classificação, mas falhamos nos mesmos detalhes. O gol se originou de um
erro nosso. Era só dar um bico na bola e afastar, mas não fizemos. A
responsabilidade sempre irá cair sobre o treinador e eu não fujo dela. A culpa
do resultado é minha. Se queremos entregar ao torcedor o que ele merece,
precisamos fazer mais”, ressaltou.

O Fenômeno Azul vaiou o treinador e o elenco remista. Gritos de “burro” foram entoados e o técnico vê isso com naturalidade, mas faz uma ponderação, dizendo que a torcida não está mais frustrada do que ele. Agora, é preciso dar uma resposta para sair da zona de rebaixamento e tentar um milagre na busca pela classificação.

“O torcedor está no direito dele de cobrar. Acreditem eles
ou não, essa raiva, essa frustação é mais minha do que deles. Pois quando
decidi sair de casa para vir para cá, não foi para fazer com que o Remo não estivesse
entre os oito. Queríamos estar no G-8. Era o objetivo para que pudéssemos
brigar por algo maior. A frustação deles não é maior do que a minha”, comentou.

O próximo compromisso do Filho da Glória e do Triunfo será contra o Náutico, fora de casa, no Estádio dos Aflitos, no domingo, dia 23, a partir das 19h. É vencer ou vencer! Não dá mais para errar e perder pontos, pois restam seis rodadas e Catalá sabe muito bem da responsabilidade de tirar o Leão dessa situação preocupante.

“Eu disse para eles no vestiário. Estamos devendo ao clube e à torcida. A gente precisa levantar amanhã e treinar. Não tem folga para que possamos entregar para o torcedor uma vitória. É responsabilidade nossa. O salário está em dia, temos boas condições de trabalho e precisamos começar a nos recuperar física, psicologicamente. É duro perder um clássico, é ruim. Ter uma performance melhor que o adversário não adianta nada, porque o que vale é o gol. Então, temos que trabalhar e fazer um baita jogo na próxima partida e vencer. É o que o treinador espera da gente. É simples”, finalizou.

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