No último domingo (6), os eleitores brasileiros foram às urnas para definir prefeitos e vereadores de 5.569 municípios, exercendo seu papel de escolha democrática para os cargos públicos. Entre os candidatos, estavam ídolos do esporte nacional, figuras acostumadas aos holofotes dos campos e quadras. No entanto, o prestígio em suas áreas de atuação não se refletiu nas urnas.
No Rio de Janeiro, Marcos Braz, atual vice-presidente do Flamengo, tentava sua reeleição como vereador pelo PL, mas obteve apenas 8.151 votos, insuficientes para garantir um novo mandato. Outros ex-dirigentes do clube rubro-negro, como Cacau Cotta (MDB), ex-diretor, também não tiveram sucesso, com 3.638 votos. O tetracampeão mundial Bebeto (PSD), que brilhou ao lado de Romário na Copa de 1994, foi outro nome que enfrentou a frustração eleitoral, obtendo 8.125 votos, não sendo suficiente para a vitória. Ronaldo Faria (PL), irmão do ex-jogador e senador Romário, também ficou de fora, com 3.558 votos.
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Além de nomes do futebol, outras modalidades também estiveram representadas nas eleições. Ralph Gracie, membro da renomada família Gracie, famosa no jiu-jitsu, também buscava uma cadeira na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, mas com 1.422 votos, não conseguiu se eleger.
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Em São Paulo, o cenário não foi diferente. José Luiz Datena, ex-cronista esportivo, disputou a prefeitura da capital paulista pelo PSDB. No entanto, com 111.170 votos, o suficiente para a quinta colocação, Datena não conseguiu avançar para o segundo turno. Entre os candidatos ao legislativo, a ex-jogadora de basquete Kelly (Podemos), medalhista de bronze nas Olimpíadas de 2000, obteve apenas 309 votos, enquanto a ex-jogadora de vôlei Tandara (PL), ouro em Londres 2012, somou 1.883.
DERROTAS EM MINAS, NO SUL E NO NORDESTE
Cidades como Belo Horizonte e Porto Alegre também viram seus ex-atletas sem sucesso nas urnas. Roberto Gaúcho, ex-jogador do Cruzeiro nos anos 1990, obteve 1.197 votos em Belo Horizonte. Em Porto Alegre, Claiton Capitão do Esporte (Republicanos) e Uh Fabiano (PSD), ambos ex-jogadores do Internacional, receberam menos de 500 e pouco mais de 700 votos, respectivamente.
A situação em Salvador não foi diferente para figuras históricas do Bahia. Beijoca, ídolo do heptacampeonato baiano entre 1973 e 1979, recebeu apenas 668 votos, enquanto João Marcelo (PSD) teve 354.
Embora muitos desses nomes tenham feito história em suas respectivas modalidades, a política mostrou ser um desafio à parte, com resultados distantes das glórias esportivas.