A Seleção Brasileira volta a campo nesta terça-feira (15), em Brasília, para encarar o Peru pela nona rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Em meio a pressões e questionamentos, o técnico Dorival Júnior tenta estabilizar a equipe e, sobretudo, reconquistar a confiança dos torcedores, que ainda aguardam por atuações mais consistentes. Com nove meses de trabalho, Dorival tem encontrado obstáculos como a falta de continuidade no elenco, causada por lesões frequentes, e a dependência de Neymar, fatores que têm gerado incertezas em relação ao futuro da equipe.

Cafu, ex-capitão da Seleção e figura presente em quatro Copas do Mundo, demonstrou otimismo ao falar sobre o atual cenário. Ele acredita que, apesar das dificuldades enfrentadas, o Brasil manterá sua tradição de peso nas competições internacionais. “Eu sou o torcedor número um da seleção brasileira. Não foi à toa que fui o único jogador a disputar três finais de Copa do Mundo consecutivas, quatro Copas, 150 partidas e 21 jogos em Copa do Mundo. O momento da seleção não é fácil, sabemos disso. Não conseguiu manter, até agora, uma estabilidade nas Eliminatórias. Troca de treinador, demora para chegar técnico, incerteza sobre quem vem e quem sai. Isso acaba prejudicando um pouco.”

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Mesmo reconhecendo os desafios, Cafu defende que o Brasil tem tudo para garantir sua vaga na Copa de 2026 e ressalta o respeito que a equipe ainda impõe no cenário mundial. “Posso garantir a vocês que o Brasil vai para a Copa do Mundo. Vai ganhar jogos, perder, empatar nas Eliminatórias, jogar bem, jogar mais ou menos, mas o mais importante é que o Brasil vai para a Copa. E, quando se trata de Copa do Mundo, a seleção será respeitada. É uma seleção que tem peso, tem camisa, e tem excelentes jogadores.”


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Já sobre o trabalho de Dorival Júnior, Cafu acredita que o técnico está ajustando o time e comparou os jogadores a “diamantes” que precisam ser lapidados. Ele vê um caminho promissor, embora ainda em construção. “Ele está conhecendo agora alguns jogadores em quem sabe que pode confiar, está procurando montar o melhor esquema tático para encaixar as peças que ele tem, que são diamantes. O jogador brasileiro é um diamante que precisa ser bem lapidado, e Dorival está fazendo isso muito bem. Aos poucos, ele chegará ao entrosamento ideal. Temos um jogo contra o Peru, em casa, em Brasília. Tenho certeza de que o Brasil vai conseguir um excelente resultado, ainda mais jogando em casa, com o apoio da torcida.”

PERSPECTIVA MAIS CRÍTICA

Por outro lado, Edmílson, campeão mundial em 2002, vê as questões da Seleção em uma perspectiva mais crítica, voltada para a gestão da CBF. Para ele, a demora na escolha de um diretor-técnico e de um treinador afetou o desenvolvimento da equipe. “Eu não creio que seja uma questão de treinador ou jogador. Demoramos dois anos para escolher um diretor-técnico e dois anos para decidir quem seria o treinador. O problema não são os tripulantes, mas sim o comandante de todo o futebol”, destacou, referindo-se à administração da confederação.

Com expectativas elevadas e opiniões divergentes sobre os desafios enfrentados pela seleção, o Brasil entra em campo buscando não apenas uma vitória, mas a chance de mostrar evolução e retomar a confiança dos torcedores em sua caminhada rumo à Copa de 2026.

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