cO urto tempo de preparação do time – apenas 20 dias – se refletirá no jogo de estreia do Paysandu no Parazão 2019, quarta-feira (23), diante do São Francisco, na Curuzu. A previsão é de quem conhece muito bem o elenco bicolor: o técnico João Brigatti. Ele admite que o Papão inicia o campeonato levando desvantagem em comparação com os concorrentes.
“O tempo faz muita diferença. Uma equipe que se apresenta em outubro, novembro para disputar um campeonato a partir de janeiro do ano seguinte, com toda a certeza, vai estar muito mais qualificada, principalmente no aspecto físico”, argumenta.
O fato de o treinador não saber praticamente nada do adversário, conforme admitiu, é outro fator prejudicial ao time bicolor. “A gente vai um pouco às escuras”, reconheceu Brigatti. “Não conheço a equipe do São Francisco, mas pode ter certeza de que o campeonato todo será difícil”, comentou. Sem um time 100% condicionado, como gostaria de ter, o treinador pede que o torcedor seja sensato e leve a situação em conta na estreia da equipe.
“Peço paciência à nossa torcida, que com certeza estará muito presente na Curuzu. Que ela tenha a tranquilidade pra apoiar a gente, principalmente no início do jogo, para dar uma coragem e uma calma maior à nossa equipe”, apelou Brigatti. O comandante bicolor imagina até deixar o futebol bonito de lado, caso o time não consiga jogar bem. “Se não der na técnica, terá de ser na raça, podem ter certeza disso”, antecipou.
O recado, segundo contou o treinador já foi passado, inclusive, aos atletas do clube. Brigatti espera se deparar com um adversário disposto a arrancar os três pontos fora de casa. “Podem ter certeza que o São Francisco vem para tentar atrapalhar a nossa vida”, previu.
O treinador disse acreditar no espírito guerreiro de seus comandados. “Mesmo com as dificuldades na parte física, técnica e tática vai sobrar disposição”, anunciou.
FORMAÇÃO DO TIME
Segunda-feira, 21, antevéspera da partida, é a data fixada pelo técnico João Brigatti esteja com o time do Paysandu pronto e acabado para a estreia no Parazão, diante do São Francisco. O treinador contou que já tem um “esqueleto” da equipe montado, mas que a formação só será realmente anunciada no último treino de conjunto do grupo.
“Na segunda-feira, com o treino de apronto, aí sim vamos definir a equipe”, disse.
Clube age para regularizar atletas
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Lateral Bruno Collaço é um dos jogadores que já estão aptos a entrar em campo pelo Paysandu. (Foto: Fernando Torres/Paysandu)
Enquanto o técnico João Brigatti e seus assistentes dão duro dentro de campo e na academia, procurando aproveitar o tempo exíguo que têm para montar o time para a estreia no Parazão, fora, a supervisão e secretaria do Paysandu trabalha diariamente para deixar os atletas do clube em condições legais de jogo. Até ontem, um total de 13 jogadores já haviam recebido o sinal verde da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), por intermédio de seu departamento de registros, estando, portanto, aptos a vestir a camisa bicolor em jogos oficiais.
O trabalho feito pelos funcionários Manoel Messias e Anderson Muniz já garantiu a legalização dos seguintes atletas: Bruno Collaço, Bruno Oliveira, Alex Galo, Paulo Rangel, Diego Matos, Victor Diniz, Paulo Henrique, Caion, Vinícius Leite, Bruce, João Leonardo, Elielton e Caíque Oliveira. A expectativa dos responsáveis pela regularização dos jogadores é de que uma grande quantidade de outros profissionais entre no Boletim Informativo Diário (BID), da CBF, condição indispensável para a utilização de jogadores pelos clubes em competições oficiais, por todo o dia de hoje.
Ao mesmo tempo em que trata da regularização dos jogadores no plano nacional, o funcionário Anderson Muniz, credenciado pela CBF, busca agilizar a transferência do meia Thiago Primão. O jogador vinha atuando pelo Riga, da Letônia. O trâmite internacional leva sempre um tempo maior que as transferências dentro do próprio Brasil. A mesma situação deve ocorrer com o mais recente contratado do Papão, o volante e meia Marcos Antônio, vindo do FC Anyang, da Coreia do Sul.
(Nildo Lima/Diário do Pará)
