A Polônia é a algoz do Brasil pelo terceiro Mundial Masculino de Vôlei seguido. Diferente das últimas duas edições, em que os brasileiros ficaram com a prata, desta vez o duelo deste sábado (10) valeu pela semifinal e jogou o Brasil para brigar pelo bronze.

Ainda que esta seja a pior campanha do Brasil no século, depois de cinco finais seguidas, o desempenho diante da Polônia, em um jogo decidido nos detalhes no quinto set, recoloca a seleção entre as melhores do mundo. O Brasil de Renan Dal Zotto caiu, mas caiu de pé. Bruninho entrou bem no quarto set, colocou o Brasil perto da vitória, mas alguns erros de Leal, até então melhor da seleção no torneio, acabaram definindo a partida.

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Atual bicampeã mundial e jogando em casa diante de 12 mil torcedores apaixonados e barulhentos, a Polônia entrou em quadra como favorita e confirmou esse status. Venceu o time brasileiro do técnico Renan Dal Zotto por 3 sets a 1, com parciais de 23/25, 25/18 e 25/20, 21/15 e 15/12, de virada.

O Brasil volta à quadra neste domingo (11), às 13h de Brasília, para a disputa da medalha de bronze, contra quem perder o jogo entre Itália e Eslovênia. O Mundial está sendo realizado conjuntamente por Polônia e Eslovênia, que foram beneficiados no chaveamento do mata-mata, mas semifinal e final acontecem em Katowice, na Polônia.


Assim, a seleção eslovena deixa de jogar em casa e, em tese, é azarã contra a Itália e favorita a ser a adversária do Brasil pelo bronze. O jogo entre Eslovênia e Itália começa às 16h deste sábado.

Para o Brasil, o bronze seria inédito. A seleção chegou 11 vezes à semifinal do Mundial nas últimas 12 edições, desde a Geração de Prata, e passou seis vezes à final, com três ouros e três pratas. Mas, nas três vezes em que caiu na semifinal, terminou em quarto. Perdeu da Bulgária em 1986, da União Soviética em 1990 e de Cuba em 1998.

De qualquer forma, a campanha mostra o Brasil brigando mais uma vez no topo, ainda que não pelo ouro. Havia forte dúvida se a seleção chegaria tão longe, depois de cair nas quartas na Liga das Nações e ser só quarta colocada em Tóquio-2020. E chegou, batendo de frente contra a grande favorita ao ouro. Considerando as Olimpíadas e o Mundial, só o Brasil, em um cenário de grande equilíbrio, chegou às duas semifinais.

Jogo

O Brasil só foi melhor que a Polônia no primeiro set, quando o ataque da seleção brasileira funcionou bem. Só Lucarelli fez seis pontos, com mais três de Wallace e três de Leal.

O set parecia decidido em 24 x 21 para o Brasil, mas após uma defesa impressionante de Semeniuk, a Polônia empatou. E aí Bruninho foi determinante. No banco de reservas, ele viu um toque na rede do time polonês e avisou Renan, que pediu desafio. O toque de fato havia acontecido, o ponto era brasileiro, e o set também, por 25 a 23.

Mas a forma como encostou no Brasil no fim do set fez a Polônia ganhar moral na partida e crescer no jogo. O segundo set foi todo dos poloneses, que forçaram no saque e desestabilizaram a linha de passe brasileira. Leal, principalmente, sentiu. Em 10 ataques, só virou três bolas.

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O jogo continuou dominado pelos poloneses no terceiro set, com o Brasil falhando em encontrar alternativas para escapar do bloqueio rival. Em 12 ataques, Lucarelli e Leal só fizeram três pontos. E, sem a bola de segurança deles, a Polônia fechou fácil em 25 a 20.

O Brasil acordou no quarto set, com a entrada de Bruninho, reserva em quase toda a campanha, no lugar de Cachopa, que não jogava mal. E o veterano, capitão do time, ajudou a seleção a voltar a encarar a Polônia de igual para igual. Leal também deu lugar a Rodriguinho, o saque ficou mais agressivo, e o time brasileiro chegou a abrir 21 a 16.

Após um saque, porém, Lucarelli sentiu lesão muscular ao pisar no chão e precisou ser substituído. Adriano entrou no lugar dele, mas coube a Bruninho, com um bloqueio na saída de rede, fechar o quarto set.

No quinto set, Renan apostou em Leal na vaga de Lucarelli. Os poloneses chegaram a abrir 7 a 5, mas o Brasil voltou ao jogo em um lance incrível de Rodriguinho. Wallace forçou o saque, a Polônia conseguiu deixar Kurek no 1 contra 1 contra o ponteiro brasileiro, mas ele bloqueou e devolveu a bola no pé do rival.

A partida acabou decidida em cima de erros de Leal, que já estava cabisbaixo desde que saiu no quarto set. Ele errou dois ataques seguidos, um deles em contra-ataque que empataria a partida, jogou um saque na rede, e não conseguiu pôr a bola na mão de Bruninho nos dois saques poloneses que, naturalmente, miraram ele.

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