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Bola parada no Papão é arma pra sair do Z4

Diz o surrado – mas verdadeiro – ditado popular que “os números não mentem jamais”. A matemática, ciência exata, ratifica o que diz o técnico João Brigatti, que aponta as jogadas de bola parada como a principal arma do Paysandu na Série B do Brasileiro. A campanha do Papão não é das mais animadoras, mas essa imagem da classificação poderia ser ainda pior para os bicolores, não fossem os gols conseguidos pela equipe em lances iniciados em cobranças de pênalti, faltas e, principalmente, escanteios para as cabeçadas e chutes para a rede.

“A bola parada é o ponto forte do Paysandu. Sempre que surgem lances dessa natureza, existem boas possibilidades de fazermos gols”, afirmou Brigatti, antes da viagem da equipe para enfrentar o Boa Esporte-MG, partida em que Hugo Almeida, decretou o empate por 1 a 1, após cobrança de escanteio.

Os números confirmam o que diz o treinador. Dos 26 gols marcados pelo Papão, em 27 partidas, 13 deles saíram em jogadas de bola parada, ou seja, o artifício é responsável até aqui por 50% das bolas nas redes dos adversários.

ESTATÍSTICA

O saldo não surpreende o comandante bicolor. “Para que se tenha uma ideia, 70% das bolas paradas decidem os jogos”, salienta Brigatti. O fato do Papão vir sendo tão eficiente nesse tipo de jogada deixa o técnico satisfeito e otimista.

As cobranças de pênaltis lideram o ranking dos gols do Papão em lances de bola parada. Foram cinco gols assinalados, com Cassiano, que se transferiu para a China, sendo o principal algoz dos adversários, com três gols. Pedro Carmona e Dionathã, que foi devolvido ao Grêmio-RS, sendo os autores dos demais gols, que representam, no universo dos 13 gols, 38,4% dos tentos. Os demais gols surgiram em cobranças de falta (cinco) e escanteio (três).

Os principais goleadores do Papão no quesito bola parada dentro do Brasileiro são os atacantes Cassiano e Hugo Almeida, cada um com três gols. A segunda posição na lista dos goleadores é ocupada por dois zagueiros, no caso, Diego Ivo e Perema, autores de dois gols cada, a maioria deles de cabeça: três.

Na noite de ontem, o Lobo se viu de volta à zona de rebaixamento da Série B – 17º com 30 pontos-, com a vitória do Juventude por 1 a 0 em cima do Atlético-GO.

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(Nildo Lima/Diário do Pará)

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