Um projeto de lei aprovado na quarta-feira (17) na Câmara dos Deputados vai significar um alívio e tanto para as combalidas finanças dos clubes durante a pandemia de covid-19. Fica suspenso o pagamento de parcelas do Programa de Modernização da Gestão e de responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut). Os clubes não precisarão honrar as parcelas enquanto perdurar a pandemia, sem contraprestação.
Pelo projeto, relatado pelo deputado Marcelo Aro (PP-MG), fica estipulado prazo de sete meses para que clubes e entidades publiquem as demonstrações financeiras de 2019. O aspecto negativo surge no dispositivo que permite que dirigentes infratores das normas de transparência financeira sejam punidos somente depois que processos administrativos ou judiciais transitem em julgado. Brecha para futuros abusos.
A preocupação suscitada pela aprovação do projeto emergencial é que haja um relaxamento dos mecanismos de controle e fiscalização da gestão desportiva. As desconfianças acabam por vitimar, pela generalização, os raros bons exemplos de administração no futebol.
Clubes inadimplentes constituem, infelizmente, a média do negócio futebol no país. Ao flexibilizar regras, o projeto acaba funcionando como um fiador do incentivo à irresponsabilidade, omissão e descontrole de gastos.
Uma outra aba oferecida pelo projeto vai beneficiar clubes emergentes, que convivem com maior dificuldade financeira quanto a patrocínios: a autorização para contratos pelo período de até 30 dias (hoje, conforme reza a Lei Pelé, o prazo mínimo é de três meses).
Pequenas agremiações, como clubes interioranos do futebol paraense, poderão celebrar contratos de tiro curto com atletas, permitindo que atuem sem problemas até o final da competição estadual.
Pela nova lei, há também um afrouxamento do artigo 9º do Estatuto do Torcedor, que impõe como direito do torcedor a divulgação das tabelas de torneios oficiais (e o nome do ouvidor geral da competição) até 60 dias antes da abertura dos jogos.
Abre-se exceção para alterar o regulamento das competições diante da ocorrência de surtos, epidemias e pandemias que venham a comprometer a integridade física e o bem-estar dos jogadores profissionais.
A medida é cirúrgica, pois impede uma pandemia de processos judiciais assim que os campeonatos voltassem com as previsíveis mudanças na ordem de jogos e supressão de fases.

O que há por trás da oposição ao reinício do Parazão

O encaminhamento de providências para o recomeço do Campeonato Estadual vai deixando de lado alguns insistentes projetos de oposição à finalização da competição dentro da normalidade, com disputa em campo e respeito às regras acordadas antes de seu início.


Várias tentativas de dificultar a retomada do Parazão se mostraram visíveis, despertando críticas e rejeição de atletas e técnicos.
“O que fico indignado é com alguns dirigentes colocando sempre um obstáculo na frente, mesmo tendo recebido dinheiro adiantado dos patrocínios”, diz à coluna um experiente técnico de uma das equipes interioranas, que pede para não ter seu nome divulgado.
“Nunca um governador do Estado fez tanto pelo futebol adiantando verbas para os clubes administrarem suas demandas. Agora, querem se esquivar fugindo do compromisso de arcar com o contrato firmado. Muitos clubes fizeram acordos com atletas, não pagaram como deveria, liberaram e agora não têm como retornar porque desviaram o dinheiro para outros fins”, acrescenta.
Segundo ele, houve dirigente que desde o primeiro dia de paralisação foi logo avisando que o dinheiro tinha acabado, dando entrevistas a rádios e jornais. Gastos desnecessários foram feitos e, sem recursos, passaram a se dedicar ao boicote puro e simples, articulando com outros dirigentes a ideia de inviabilizar o Parazão.
Com um cálculo absurdamente mirabolante, continua o treinador, alguns clubes apresentam hoje um déficit absurdo de R$ 250 mil e projetam despesa superior a R$ 600 mil, caso voltem a campo. “É óbvio que, a esse custo, a conta não fecharia, daí o esforço em tentar emparedar o governo com novas exigências”, conclui.

Afinal, qual a camisa mais bonita do futebol brasileiro?

O canal Esporte Interativo vem se destacando por votações e enquetes que privilegiam a rivalidade entre clubes de massa de todo o Brasil e movimentam legiões de torcedores na internet. Recentemente, escolheu até o clássico mais vibrante em disputa no país, com vitória do nosso Re-Pa.
Desta vez, o EI lançou durante as últimas semanas uma votação para escolher o manto mais bonito entre os times brasileiros. O Remo foi galgando posições com sua clássica camisa em azul marinho.
O Leão superou Corinthians, Bahia e Fluminense para chegar à grande final diante do Ceará Sporting. A sorte está lançada.

Uma ação individual que une oportunidade e filantropia

Para ajudar famílias necessitadas neste momento de pandemia, o goleiro Paulo Henrique, do Castanhal, lança nesta sexta-feira, 19, o projeto “Paredão Solidário”. A iniciativa vai possibilitar que goleiros amadores treinem por quatro dias com a equipe profissional do Castanhal.
Tudo isso em troca de 1 quilo de alimento não perecível. Segundo Paulo Henrique, não só os goleiros serão beneficiados com o projeto: “Vai ser específico para goleiro, mas vamos ter um preparador físico para quem quiser ir lá treinar com a gente”. Generosa e oportuna iniciativa.

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