De forma polêmica, o Corinthians venceu o Vasco na partida do último domingo (17), pelo Campeonato Brasileiro de Futebol, quando aos 29 minutos, Marquinhos Gabriel, que havia entrado no lugar de Jadson, foi até a linha de fundo pela esquerda. O cruzamento fechado encontrou Jô para abrir o placar, mas o atacante usou o braço direito para empurrar a bola para a rede. A impressão é de que a bola entraria mesmo sem Jô, mas a ação do atacante deixou o lance irregular e gerou críticas.
Agora, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) definiu que o árbitro de vídeo será usado em todos os jogos da serie A do Brasileiro, mas só ainda não sabe quando vai implantar a medida. A entidade adiantou que, nos próximos dias, 64 árbitros e árbitros-assistentes passarão por avaliações, treinamentos teóricos e práticos nos moldes realizados pela Conmebol.
No Pará, o presidente da comissão de arbitragem da Federação Paraense de Futebol (FPF), Fernando Sérgio, acredita que já é hora de implantar o sistema. “A Fifa já fez os testes em importantes competições na Europa com o árbitro de vídeo. Se for implantado, vai evitar tantos equívocos e prejuízos para as equipes”, avalia, ressaltando ainda que o programa de implantação é caro. “Gira em torno de R$ 30 mil por partida. Penso que ficaria oneroso para nossa competição de 2018 (Parazão), mas penso também que poderíamos utilizar em um Re-Pa. Nosso clássico maior suportaria o investimento e seria mais uma atração. Quem sabe num futuro próximo?”, pondera.
AVALIAÇÃO POSITIVA
O árbitro Fifa, o paraense Dewson Freitas, avalia que a tecnologia do árbitro de vídeo só tende a contribuir positivamente com o trabalho dos profissionais do apito. “Nós árbitros já utilizamos de duas tecnologias, que são: a bandeira eletrônica e o rádio. Isso sempre facilita muito o nosso trabalho. Com o árbitro de vídeo, o número de reclamações por erros iam diminuir muito”, ressalta, frisando que o uso de mais essa tecnologia é totalmente positiva para o futebol. “Vejo pontos positivos, mas infelizmente o uso do árbitro de vídeo é muito caro, mas acredito que esta muito próximo de acontecer em todas as competições”, pontua.
OPINIÃO DIVIDIDA
– De acordo com reportagem do jornal Folha de S.Paulo na última quarta-feira (20), a maioria dos clubes (12) da Série A do Brasileiro era contra a utilização da tecnologia somente em algumas partidas.
– Atlético-PR, Atlético-GO, Atlético-MG, Corinthians, Coritiba, Fluminense, Grêmio, Palmeiras, Ponte Preta, Santos, Sport e Vitória estavam entre os descontentes ou reticentes com a possível implementação só em alguns jogos.
– Apenas Chapecoense e Vasco se dizem confortáveis com qualquer que seja a decisão tomada pela CBF, enquanto Bahia, Cruzeiro e Flamengo aguardavam detalhes por parte da confederação. Já Botafogo e São Paulo não se manifestaram.
(K.L. Carvalho/Diário do Pará)