O técnico Artur Jorge lamentou o empate do Botafogo contra o Criciúma, nesta sexta-feira (18), mas evitou criar clima de desânimo ao afirmar que os rivais do time carioca na briga pelo título brasileiro também vão tropeçar nos próximos jogos.
“É um ponto só, que nos mantém na liderança e vai esta luta. Os nossos rivais vão perder pontos também e nós vamos continuar a fazer o nosso trabalho. Vamos voltar nossa atenção para a Libertadores agora, mas também depois pensar no que são os oito jogos do campeonato. Todos os jogos vão ser muito importantes. Isso serve para vermos que não há jogos fáceis”, comentou Artur Jorge, técnico do Botafogo, em entrevista coletiva.
Conteúdo Relacionado:
Botafogo tropeça e empata contra o Criciúma no MaracanãCopa do Brasil: Vasco x Atlético-MG duelam em São JanuárioCorinthians declara “guerra” ao Flamengo antes de semifinal
O treinador criticou o primeiro tempo do Botafogo, afirmou ter gostado do que viu no segundo tempo, mas se disse decepcionado após o empate sair em um “gol evitável”.
“Fizemos um primeiro tempo medíocre e fizemos um segundo tempo melhor. Tivemos momentos em que não deixamos o adversário ter a bola, fomos fortes e bem na recuperação de bola. Mas isso não vale muito. Preferia ter 30% de posse de bola e ganhar o jogo. Não fomos capazes de materializar ou de ganhar o jogo. A estatística fica, mas preferia os três pontos. Tivemos um primeiro tempo mais abaixo do que no segundo”, disse.
“Foi um gol evitável. Tivemos um erro individual, de avaliação, inadmissível a esta altura para uma equipe que precisa dos três pontos. Vou reservar isso para falar com os jogadores. Após ter feito o gol como fizemos, acabar o jogo e ter uma equipe que não havia criado chances, tínhamos que saber melhor conservar essa vantagem, mas não fomos capazes porque era um momento de transição. Três ou quatro jogadores saindo, uma decisão… Sofremos o gol. Era evitável, foi mais por erro nosso do que criação do adversário. A luta continua.”
O QUE MAIS ELE DISSE?
Ninguém melhor que o Botafogo: “Hoje podemos ficar mais frustrados, mas temos de estar animicamente forte porque estamos na liderança do campeonato, na semifinal da Libertadores e, portanto, quem está melhor do que nós? Ninguém.”Gramado natural mudou algo? “Não é igual jogar aqui como é no Nilton Santos, mas já jogamos aqui e ganhamos contra duas equipes que jogaram para ganhar o jogo, o que não houve hoje. Isso não pode, no entanto, ser condicionante para aquilo que foi nosso desempenho. Não posso usar para justificar um goleiro que ficou muito tempo no chão, sem tempo útil. O gramado não pode interferir.”Data Fifa interferiu? “Temos esse ciclo que consideramos blocos de jogos, são quatro entre uma Data Fifa e outra no Brasileirão. O bom desempenho faz com que possamos ter mais jogadores selecionáveis. São as tais dores de crescimento que eu quero ter na minha equipe. Fico orgulhoso de ter sete ou oito jogadores na seleção. O jogador que sentimos que chegou menos preparado fisicamente para o jogo de hoje foi o Bastos, por isso não foi opção. Os outros vinham minimamente controlados. Não tiveram o desempenho que poderiam ter, mas isso faz parte de estar em grandes equipes. Não altera porque essas datas não criam alterações nas nossas rotinas de trabalho e dia a dia. Os jogadores tiveram outros compromissos, mas isso faz parte e temos de lidar com isso de forma natural. Quero continuar com eles nas suas seleções.”Resultado muda algo para a Libertadores? “Na prática, o resultado é ruim porque queríamos vencer. Não pode e nem deve influenciar no jogo de quarta, assim como seria se tivesse ganhado. O jogo de quarta é enorme. Estaremos preparados para darmos a resposta que queremos. São dois jogos e vamos tentar estar preparados.”