Único dos sete novos contratados que ainda não estreou com a camisa do Paysandu, o volante Ânderson Uchôa é uma verdadeira incógnita na Curuzu. Nem bem chegou ao novo clube, o atleta foi logo trocando os treinos por visitas diárias ao Departamento de Saúde e ao Núcleo de Fisioterapia do clube. Esta semana, após ter retornado de Belo Horizonte (MG), Uchôa voltou a treinar com os companheiros, mas sem transmitir a certeza de que estará mesmo apto a defender o Papão sem o risco de voltar ao tratamento em um dos pés.
O próprio jogador admitiu, ontem, que o problema que sente não é novo e que já o acompanha há a algum tempo. Sinal de que se trata de uma lesão crônica. “Infelizmente em minha primeira semana tive uma lesãozinha, que já vem me incomodando desde o ano passado e aí vim a sentir de novo”, contou o volante.
Uchôa contou que a decisão de se afastar dos treinos partiu dele mesmo. “Optei por parar, pois como é uma lesão que eu já tive, sei que é um pouco complicado”, disse. Pelo menos por enquanto o atleta se sente em condições de defender o Papão, já tendo, conforme informou, conversado com o técnico Léo Condé sobre o seu aproveitamento no time. “Tive uma essa conversa com o Léo ontem e falei que ele pode contar comigo. Estou totalmente recuperado”, declarou.
A lesão crônica, chamada na linguagem médica de fasceíte, causadora de dores no calcanhar e no pé do atleta, fez com que o Paysandu fechasse um contrato de risco com o jogador, que teria sido indicado ao clube pelo diretor de futebol Felipe Albuquerque. O clube só pagará o salário integral a Uchôa, caso o atleta seja utilizado nos jogos do time. Caso o jogador venha a se transformar em um assíduo frequentador do DS, o vencimento será pago proporcionalmente ao número de jogos do meio-campista.
PARA ENTENDER
Fasceíte plantar
– A fasceíte plantar corresponde à inflamação, com dor, de uma banda espessa de tecido, designada como fáscia plantar, que corre ao longo da planta do pé e liga o calcanhar aos dedos. Esta banda está recoberta por uma camada de gordura que ajuda a absorver os impactos do pé contra o solo.
– Em condições normais, a fáscia plantar funciona como um elemento de absorção de choques.
– A fasceíte é a causa mais comum de dor no calcanhar. Trata-se de uma dor aguda evidente logo nos primeiros passos de manhã após o acordar e acentua-se após longos períodos de pé.
(Nildo Lima/Diário do Pará)