A defesa de Carlos Arthur Nuzman, presidente afastado do o Comitê Olímpico do Brasil (COB), protocolou neste sábado um pedido de soltura imediata do dirigente. Com 75 anos de idade, a liminar se apoia na alegação de saúde frágil de Nuzman, citando uma recente cirurgia de dissecção da aorta.
“O paciente jamais exerceu qualquer cargo público e a suposta compra de votos para eleição da cidade do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016 envolveria apenas entidades privadas, episódio longevo, ocorrido há cerca de oito anos”, afirma o documento, enviado ao Tribunal Regional da 2ª Região.
O documento ainda destaca o constrangimento moral sofrido por seu cliente, alegando abuso de poder nas ações da Polícia Federal. De acordo com os advogados de defesa do presidente do COB, é questionável o fato de haver duas investigações “sobre o mesmo tema”, sendo que uma é conduzida pelo Ministério Público Federal (MPF) e a outra pela Polícia Federal.
Além disso, o pedido de soltura de Nuzman cita ainda que o dirigente está sendo enquadrado no crime de associação criminosa, que passou a ser reconhecido como tal apenas em agosto de 2013, anos após a data do suposto crime.
Operação Unfair Play
A Policia Federal realizou a prisão de Nuzman em investigação sobre suspeita de compra de votos na eleição que escolheu o Rio de Janeiro como sede dos Jogos de 2016. A ação foi um desdobramento da Operação Unfair Play, deflagrada há um mês pela PF e pelo Ministério Público Federal em parceria com a procuradoria francesa.
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Fonte: Gazeta Esportiva