Com uma dívida de R$ 500 mil, o Águia de Marabá está sem presidente atualmente e aberto a quem tiver peito para assumi-lo. Após reunião a portas fechadas, realizada na tarde da última quarta-feira (5), em Marabá, o presidente do clube, Sebastião Ferreira Neto, e o vice Pedro Corrêa renunciaram ao cargo.
A diretoria apoiou a decisão e deu um prazo de 15 dias para que algum interessado se candidate a assumir o clube, com direito, claro, ao pacote de dívidas. Após o prazo, uma assembleia geral será realizada e, caso não apareça interessados, o CNPJ do clube será extinto para evitar o acúmulo de dívidas. Ferreirinha estava no cargo há 18 anos.
Atualmente, o Águia deve médicos, jogadores, aluguéis de casas, contas de energia, supermercados, INSS e até o técnico Dario Pereyra, que comandou o time no ano de 2014. Para completar, o ex-jogador Flamel está pleiteando na justiça o valor de 180 mil contra o clube.
O clube precisa de, no mínimo, R$ 120 mil para resolver os problemas urgentes e tentar tocar o barco. Segundo a comissão diretora, o time não tem possibilidade de levantar essa quantia, mesmo com o patrocínio adquirido recentemente, com o grupo Líder.
Fundado no ano de 1982, o Águia viveu momentos brilhantes no futebol regional, paraense e nacional. No seu auge, em 2008, o Águia conseguiu o acesso ao Brasileiro da Série C e por pouco não subiu para a Série B, ficando em quinto colocado no campeonato, onde permaneceu por oito anos consecutivos.
Em 2009, passou para a 2° fase da Copa do Brasil e foi campeão da Taça Estado do Pará. Em 2015, após derrota para o Fortaleza por 4×1, o time foi para na Série D. Já neste ano, o time garantiu a vaga na elite do Parazão, que começa em janeiro de 2018.
O clube azulino foi berço de bons jogadores, como Flamel, Victor Ferraz, Wando e Luiz Fernando, entre outros. Em 2017, o garoto Tiago Mandi pode ter sido o último a ser revelado no clube marabaense.
(Jéssika Ribeiro de Marabá)