Um dos esportes mais tradicionais e simbólicos do Estado segue sem um calendário efetivo e organizado em sua disputa nesta temporada de 2023. Depois de inúmeras tentativas, no último domingo (22), no período da manhã, na Baía do Guajará, o primeiro circuito oficial de remo olímpico foi adiado devido às condições da maré.
A adversidade, de acordo com os atletas, já era prevista visto à instabilidade climática na região neste segundo semestre. A preocupação das agremiações segue altíssima levando-se em consideração que o Estado é uma referência no esporte, prática enraizada desde sempre com base no talento e vocação natural para modalidades aquáticas. Para os atletas, tudo isso, hoje está sendo desprestigiado. Nesse ponto, a bronca foi direcionada exclusivamente à Federação Paraense de Remo (Fepar).
Com mais uma negativa, a tendência é que nesta temporada ocorra somente uma única prova, marcada para o dia 3 de dezembro, válida pelo segundo circuito. A primeira foi adiada até então segue sem data específica ou mesmo uma garantia de que irá acontecer.
A atleta máster da equipe náutica do Paysandu, Lorena Jacob, ponderou: “Depois de tantos atropelos, primeiro por ser na data da Corrida do Círio, e também onde a nossa maré é completamente revolta. Todos que remam sabem que você deve conduzir com a chegada ao Ver-o-Rio para segurança do atleta. A federação escolheu a chegada na Estação das Docas, visando público e não segurança. Desde o banheiro químico – não tinha para os atletas -, faltou todo um alicerce. A regata mais uma vez foi anulada. As provas começaram a ser canceladas, os barcos não conseguiram passar para outra área em função da maré completamente revolta. A partir daí as provas começaram a ser remarcadas”, disse.
A reportagem tentou contato com a Fepar para falar sobre a situação e sobre como ficaria o calendário da modalidade, mas não houve retorno.
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