O texto do acordo firmado pelos clubes na FPF, na quinta-feira, para o recomeço do Campeonato Estado começa atacando o principal ponto de discórdia até então: o fim do rebaixamento e a garantia de que todos têm vagas asseguradas na edição do próximo ano. Alguns clubes temiam a perspectiva de queda ante as dificuldades para encarar a retomada.
A regra que exige o cumprimento do protocolo, punindo com a perda de três pontos por descumprimento e com suspensão até 2021 por reincidência, garante segurança e rigor à disputa. Evita a avacalhação do regulamento, além de contemplar uma reivindicação da dupla Re-Pa.
Importante considerar que a FPF fica responsável por fiscalizar o cumprimento do regulamento. E aqueles que pensavam em simplesmente debandar da competição, deixando de lado os jogos restantes da primeira fase, estão cientes de que tal abuso resultará em suspensão por dois anos.
As substituições de atletas para recompor elencos atendem à situação de clubes que liberaram parte dos elencos – Tapajós, Águia e Paragominas, principalmente. Terão direito a inscrever mais 15 jogadores, que não tenham atuado por outros clubes nas oito primeiras rodadas.
Um aspecto que consumiu muito debate ao longo da quarentena foi o custo operacional dos jogos do restante do Parazão. Os clubes alegavam não ter como bancar despesas por não contar com a receita de bilheteria, pois as partidas não terão público pagante.
A FPF resolveu o imbróglio com uma solução simples: serão deduzidos 25% do valor fixo da chamada meritocracia (termo de legado tucano, certamente), constante do contrato de patrocínio com a Funtelpa, ficando o saldo para ser dividido conforme prevê o contrato original.
Dito isto, vem a parte das projeções para a volta dos jogos. Sem dúvida, o fato de Belém ser a sede única – por força da pandemia – favorece a dupla Re-Pa, que não terá o desgaste de deslocamentos ao interior. Além disso, os clubes devem repetir a mesma formação-base, preservando entrosamento.
No momento, os dois grandes da capital lideram a classificação. O PSC tem 19 pontos, o Remo 17. O Castanhal é o terceiro, com 14 pontos. O Paragominas vem em quarto, com 13, e o Águia mantém chances, com 11 pontos. Independente e Águia, com 10, correm por fora.
Enquanto PSC e Remo ficarão na briga pela liderança, o Castanhal, reforçado pelo centroavante Pecel, pode garantir classificação já no confronto que reabre a disputa, sábado (01), diante do lanterna Carajás. Enquanto isso, os demais irão se engalfinhar pela 4ª vaga nas semifinais. A sorte está lançada.
Bola na Torre
Guilherme Guerreiro volta a apresentar, diretamente do estúdio, a partir das 21h15, na RBATV. Participações de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. Em pauta, as projeções para o reinício do Parazão.
Além da queda, o coice: broncas trabalhistas no Papão
Um total de 20 litígios trabalhistas em vias de definição atormenta a diretoria do PSC nas últimas semanas. Em meio aos problemas decorrentes da pandemia, vê-se às voltas com os custos pesados de ações movidas por ex-jogadores, quase todos remanescentes da caótica campanha na Série B 2018, quando o clube amargou o rebaixamento. As 20 ações trabalhistas têm valor total de R$ 5.139.366,00.
Os reclamantes de maior destaque são Renan Rocha, Pedro Carmona, Diego Ivo, Lombardi, Magno, Carandina e Renato Augusto. Mas a lista inclui figuras que passaram quase em brancas nuvens pela Curuzu – casos de Tiago Mandii, Claudinho, Edmar, Cáceres, Marcelo Costa e Carlinhos. Outros nomes: Renato Augusto, Maicon Silva, Paulo Henrique, Hugo Almeida, Leandro Lima, Bruno Oliveira e Djalma.
A pendência com Bruno Veiga é de um período anterior. Marcelo Costa tem a causa mais cara, R$ 1,6 milhão. E o goleiro Marcão é o único do grupo de 2018 que não acionou o clube na Justiça do trabalho. Existem pendências menores com funcionários e com a empresa BWA.
Um volume tão alto de ações em tão curto período é algo inédito no futebol paraense e decorre, principalmente, de falhas de origem nos contratos e descumprimentos de leis trabalhistas. Em meio ao vendaval, quem vai arcar com os problemas oriundos de gestões passadas é a atual diretoria.
As informações foram atualizadas pelo repórter Magno Fernandes.
Top 10 dos laterais desnuda a decadência brasileira
Nunca o Brasil foi tão pobre na revelação de craques. Isto é fato. Agora, por exemplo, saiu o Top 10 mundial dos laterais mais caros do futebol mundial. Noutros tempos, teríamos uma legião de brazucas dominando a lista. Somente nas últimas décadas daria para reunir um punhado de grandes nomes. Leandro, Cafu e Daniel Alves, na direita; Júnior, Branco, Roberto Carlos e Marcelo, na esquerda.
De toda essa fartura restou pouco ou quase nada. Só um jogador brasileiro aparece no ranking, e na 9ª posição. É Danilo, da Juventus, que não é unanimidade junto à torcida e nunca foi titular absoluto da Seleção.
A grana que a Juve gastou, R$ 222 milhões, garante a inclusão de Danilo no grupo dos 10 mais. Mas a cifra é consideravelmente inferior à negociação que levou o francês Lucas Hernández, campeão mundial de 2018, ao Bayern de Munique no ano passado: R$ 480 milhões.
O Top 10 é puxado por França e Inglaterra, que têm nomes cada. A França com Hernández, Benjamin Mendy e Ferland Mendy. A Inglaterra com Walker, Luke Shaw e Aaron Wan-Bissaka. Portugal tem uma dupla no ranking (Cancelo e Semedo). Brasil e Marrocos têm apenas um lateral entre os mais valorizados. Que fase…