A expressão “pagar para ver” muitas vezes resume decisões arriscadas, onde a insistência em algo que claramente caminha para um beco sem saída desafia o bom senso.

Mesmo diante de sinais evidentes de fracasso, há quem aposte na manutenção de estratégias falhas, esperando que, contra todas as probabilidades, o cenário mude.

Conteúdo Relacionado:

Paysandu: jejum e falas causaram demissão de Hélio dos AnjosDaniel Paulista e Paulo Bonamigo ganham força no PaysanduCrise sem fim! Paysandu perde na Curuzu e se aproxima do Z-4

Essa teimosia, no entanto, pode custar caro, muito caro na Curuzu! E a diretoria do Paysandu pagou para ver, mesmo com a equipe ainda podendo se recuperar na Série B do Campeonato Brasileiro.

Com apenas cinco vitórias em 25 jogos, o Papão enfrenta uma grave crise na Segundona. A equipe marcou 24 gols, sofreu 28 e acumula 36% de aproveitamento, além de nove jogos sem vencer.


A pressão insustentável resultou na demissão do técnico Hélio dos Anjos, que antes venceu a “quebra de braços” com o executivo Ari Barros, ocasionando a saída do profissional.

Além disso, a não valorização do atacante Esli Garcia, artilheiro da equipe na Série B com seis gols, e a insistência em alguns jogadores aumentaram ainda mais a pressão feita pela Fiel Bicolor.




Agora, o Lobo se encontrar a quatro pontos da zona de rebaixamento, com o risco de ver essa distância diminuir para dois pontos ao final da rodada, isso porque alguns rivais continuam com jogos a menos, como CRB e Guarani.

Restam 13 rodadas para o fim da competição nacional e o fantasma do rebaixamento na Curuzu é real. Para piorar, sem executivo de futebol, a diretoria corre atrás de alguém que coloque ordem na casa.



DE QUEM É A CULPA?

No futebol, existem várias formas para gerir um clube e caminhar. Entre elas, aquelas mais profissionais que acreditam no projeto, independente do que aconteça dentro de campo.

Ou seja, este projeto é nada mais do que a confiança no trabalho que está sendo executado e, automaticamente, tendo longa vida em um clube de futebol profissional.

Se a diretoria do Paysandu entendia que o projeto de Hélio dos Anjos era o melhor para o Paysandu, ok! Tirasse Ari Barros e mantém Hélio e a comissão técnica.



Mas foi a demissão do treinador que provou que a diretoria optou pela saída do executivo sem a convicção de que Hélio dos Anjos era o melhor para o Paysandu e dependia apenas de resultados.

A cúpula bicolor errou duas vezes, pois se ela sabia que o técnico só ficaria dependendo de resultado e não de projetos, e a crise já estava instaurada, deveria ter agido quanto antes. 

O clube não sabia que poderia ter ficado sem executivo e sem treinador? Nesta altura do campeonato é brincar com a própria sorte. Agora, a escolha do novo treinador tem que ser a melhor dos últimos tempos.



TEIMOSIA E ORGULHO

A diretoria do Paysandu demorou a agir e permitiu que o cenário se deteriorasse. A insistência em manter Hélio dos Anjos, sempre com atitudes prepotentes e desrespeitosas, foi um tapa na cara do torcedor.

O técnico, sustentado pelo próprio ego, repetia os mesmos erros dentro de campo, desprezando críticas e insistindo em escolhas que não funcionavam, prejudicando diretamente o desempenho da equipe.

O comportamento autossuficiente de Hélio não só minou a confiança no trabalho da comissão técnica, mas também evidenciou a relação conturbada com a gestão do futebol do clube.

A diretoria falhou em tomar uma atitude firme quando o ambiente interno já se mostrava desgastado. A crise só aumentou com a teimosia e o orgulho que prevaleceram na Curuzu.



DÍVIDA OU GRATIDÃO DEMAIS?

Todo mundo sabe que Hélio dos Anjos foi um dos principais responsáveis pelo acesso à Série B do Campeonato Brasileiro em 2023. Além disso, conquistou o 50º Parazão do clube e o tetra da Copa Verde.

Apesar das conquistas do técnico, o clube precisa estar acima de qualquer gratidão ou idolatria. Ele foi, sem dúvida, fundamental, mas no futebol, o que prevalece são os resultados.

A paciência da torcida tem limites, e a gestão precisa entender que o profissionalismo deve prevalecer sobre o sentimentalismo. Hélio foi pago para cumprir funções e levar o Paysandu às glórias.

No entanto, quando os erros se acumulam e o progresso desaparece, é hora de agir. O legado dele será lembrado, mas o clube não pode ficar refém do passado.



Read More

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Digite seu nome aqui