O futebol deveria ser um momento de grande festa e comemoração entre os torcedores, mas o que muito se tem visto são episódios lamentáveis de violência, preconceito e desrespeito entre pessoas em partidas deste esporte.

Na última semana, no jogo de ida da semifinal da Libertadores entre Boca Juniors e Palmeiras, o placar de 0x0 desanimou os torcedores, mas o mais triste de toda a partida foram registros de gestos e atos racistas por parte dos argentinos como provocação aos brasileiros que estiveram em La Bombonera, casa do Boca.

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Após a repercussão das imagens, no jogo de volta, desta vez no Allianz Parque, em São Paulo, a Polícia Militar e demais órgãos de segurança deverão monitorar o acesso e comportamento dos torcedores argentinos no estádio.


O próprio Boca Juniors divulgou um comunicado nas redes sociais onde dá orientações aos torcedores que vão acompanhar o jogo presencialmente. No entanto, o que chamou a atenção foi um informe sobre quais tipos de atitudes a torcida deveria evitar para não ocorrerem “prisões imediatas”.

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O clube afirmou que os torcedores devem evitar “responder provocações e gestos que possam configurar atos racistas, xenófobo e discriminatórios, a fim de evitar possíveis penas de prisões imediatas”. A torcida do Boca Juniors é considerada reincidente em atos racistas contra torcedores e times brasileiros, tanto na Argentina, como no Brasil.

VEJA A PUBLICAÇÃO:

⚠ Recomendaciones de seguridad para los y las hinchas que viajen a San Pablo 🇧🇷 a alentar a Boca. pic.twitter.com/ehD5ee0lzK

— Boca Juniors (@BocaJrsOficial) October 4, 2023

No jogo de ida, os argentinos foram flagrados fazendo gestos similares à imitação de um macaco em direção aos torcedores palmeirenses. Em seu histórico, o Boca Juniors foi punido duas vezes em menos de um mês no ano passado por atos racistas de seus torcedores em jogos da Libertadores dentro e fora de casa. O flagrante recente ainda não implicou em nenhuma punição da Conmebol ao clube.

RECONHECIMENTO FACIAL

O Boca Juniors até tentou fazer com que o acesso da sua torcida fosse “facilitado” no dia do jogo contra o Palmeiras no Allianz Parque. Os argentinos pediram para que o reconhecimento facial, que é utilizado para acessar as dependências do estádio, não fosse usado para seus torcedores.

O pedido foi negado, pois os brasileiros não viram motivo plausível para abrir tal exceção de um sistema utilizado em todos os jogos do clube paulista até aqui.

Nas redes sociais, o pedido do Boca Juniors foi observado como sendo parte de um plano para evitar a identificação e prisão de torcedores argentinos que fizessem atos racistas nas arquibancadas e não repercutiu bem.

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