A trajetória do técnico Ricardo Catalá à frente do Clube do Remo provocou uma reviravolta notável para o cenário da equipe na Série C do Campeonato Brasileiro. Com cinco vitórias, sete empates e apenas duas derrotas desde que assumiu o comando da equipe azulina no final do mês de maio, quando substituiu Marcelo Cabo, o treinador teve um aproveitamento de 54% – média digna de time do G-8.

Além disso, o profissional promoveu uma metamorfose que levou o Leão Azul da pior defesa do campeonato, que havia sofrido 9 gols em 4 jogos (média de 2,25 por jogo), para a melhor das 14 rodadas seguintes, com apenas 8 gols tomados (média de 0,57). Um feito que não apenas evitou um rebaixamento iminente, como também manteve viva até a penúltima rodada a chance de classificação à segunda fase.

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Por essa razão, o trabalho de Catalá, embora não isento de críticas, é visto pela atual diretoria como consistente o suficiente para considerar sua continuidade no comando em 2024.

“Acho um grande treinador e os números dele falam por si. Se ele estivesse desde o início do campeonato e com esse percentual de pontos, estaríamos classificados agora”, observou o presidente Fábio Bentes, em conversa com a reportagem do DOL.

Ao mesmo tempo, o próprio treinador também já manifestou sua vontade em renovar contrato para a próxima temporada. Contudo, o horizonte está tingido de incertezas, e o fator eleitoral é a peça-chave dessa equação. O clube se aproxima de um momento crucial de sua história: as eleições remistas estão programadas para meados de novembro.

O empecilho reside na situação política: Bentes encerra sua segunda gestão e, embora o estatuto do clube permita, já declarou que não concorrerá a um terceiro mandato no pleito. Ainda que concorresse, uma norma estatutária impediria que ele firmasse um contrato com qualquer treinador que ultrapassasse o mandato atual.

Em meio a esse tabuleiro delicado, o máximo que os dirigentes do Remo podem fazer é confiar no desejo de permanecer no clube demonstrado por Catalá. No entanto, um dos pré-canditatos declarados à sucessão de Bentes, o advogado Marco Antônio Pina, o “Magnata”, usou as redes sociais recentemente para adiantar que pretende trazer PC Gusmão para comandar a equipe azulina em 2024. Se sua chapa obtiver o triunfo, a formalização do novo contrato ocorrerá ainda em dezembro deste ano.

Enquanto a disputa interna no clube se desenrola, a transformação operada por Ricardo Catalá permanece inegável. A reconstrução da defesa, que foi fundamental para a permanência da equipe na competição, é uma carta na manga que não pode ser descartada. Agora, resta aguardar os desdobramentos eleitorais que determinarão se a continuidade desse trabalho será mantida e como isso influenciará o futuro do time.

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