Com uma rodada de atraso em relação aos demais, o Paysandu estreia hoje na Série C do Campeonato Brasileiro. O jogo de logo mais, contra o Atlético-CE, é válido pela segunda rodada da competição. Na próxima quarta-feira o Papão viaja a Natal (RN) para encarar o ABC-RN, em partida válida pela primeira rodada. Por conta de uma punição da Justiça Desportiva, o jogo da equipe bicolor será bem longe de casa, em Paragominas, na Arena do Município Verde, às 19h.

Com vários reforços chegando ao longo da semana que passou, o Paysandu deve ter novidades ao longo da competição nacional. Mas é provável que para hoje a formação seja basicamente a que vinha atuando no Campeonato Paraense, em especial a que disputou a última partida do Parazão, a vitória de 3 a 1 no clássico contra o maior rival na Curuzu, dia 6 deste mês.

Com a semana a mais de preparação, o técnico Márcio Fernandes pôde manter o foco do elenco nesta estreia, além de recuperar fisicamente os jogadores, na medida do possível. O fato de a base ser a do Parazão se deve exclusivamente ao pouco tempo de treinos com os reforços, mas a entrada de alguns deles, seja como titular ou no decorrer da partida, não está descartada, em especial na zaga. Todos que chegaram ao clube nos últimos dias estavam em atividades em competições estaduais e, se não têm entrosamento ainda com os novos companheiros, estão em boa forma física e com ritmo de jogo.

Durante toda a semana que passou, o zagueiro Lucas Costa esteve quase sempre ao lado de Genilson na zaga nos treinos do dia a dia. A possibilidade de ele ser titular logo mais é grande. Até aqui, ao todo, três jogadores já deixaram o clube: Dênis Pedra, Alex Silva e Heverton, sendo que o volante Bileu e o meia Ricardinho passarão por uma cirurgia e correm o risco de perder o restante da temporada.

Por causa de uma punição imposta pela Justiça Desportiva, o Paysandu fará seus dois primeiros jogos como mandante na Série C em Paragominas. Para alguns dos novatos, há a certeza de que, seja onde for, a torcida se fará presente para apoiar o Papão. “Não acho que vai interferir muito para a gente. A torcida do Paysandu sempre está em bom número, seja na capital ou no interior”, afirmou o volante Wesley. “Jogando em Paragominas me sentirei em casa. Defendi o time na Série D do ano passado. É claro que todos gostariam de ficar na Curuzu, mas o Paysandu tem torcida em todo o estado. Onde a gente jogar a torcida comparece”, completou o zagueiro Douglas.


VAI SER CORRIDO

A partir do jogo de hoje, o Paysandu irá encarar uma longa maratona de jogos na competição nacional. Três dias depois o Papão encara o ABC-RN na capital potiguar, em jogo atrasado da primeira rodada. Em seguida, o time bicolor irá ao interior de São Paulo para enfrentar o Mirassol-SP, na segunda-feira, dia 25. Serão três partidas em oito dias, colocando à prova a qualidade dos jogadores que estão no grupo alviazul.

Nas viagens, a delegação percorrerá mais de cinco mil quilômetros, distância maior do que Belém a Porto Alegre (RS). Nesses dias, os treinos serão raros para evitar um maior desgaste físico, o que provavelmente obrigará a Márcio Fernandes a promover a estreia de alguns dos novos contratados.

Entre os jogadores, essa situação é encarada com naturalidade, assim como a possibilidade de uma rotatividade maior na equipe principal. “O time está bem preparado, o elenco está muito bem fisicamente. Agora as partidas são diferentes, num nível acima e teremos viagens pela frente. O elenco vai mostrar serviço e tenho certeza que nós nos sairemos bem”, comentou o meia-atacante Marcelo Toscano.

O lateral-esquerdo Patrick Brey destacou a chegada de reforços, que, de acordo com ele, deixou o grupo mais forte e qualificado para eventuais mudanças que Márcio Fernandes pretenda efetuar. “Não só nesse momento, mas em todos os momentos o elenco é imprescindível. Agora, serão três jogos seguidos em poucos dias e talvez seja preciso uma mudança ou outras. Nosso elenco já era forte e chegaram bons reforços que estão se aclimatando com o time”.

+ADVERSÁRIO

l O Águia da Precabura tenta deixar o começo de 2022 para trás para tentar reeditar o ano mágico de 2021, quando conseguiu o acesso para a Série C. O rubro-negro foi rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Cearense e estreou mal na competição nacional, perdendo de 1 a 0 em casa para o Campinense-PB. Para enfrentar o Paysandu, o técnico Betinho terá todo o elenco à disposição e a tendência é que ele mantenha a mesma formação que iniciou o jogo do último sábado contra o Campinense.

l O Atlético-CE é propriedade do principal jogador do clube, o centroavante Ari, de 36 anos, que passou 15 temporadas jogando na Europa, principalmente no futebol russo. Na volta à terra natal, ele comprou o Uniclinic-CE, clube-empresa que mudou de nome e de cores, deixando o amarelo e roxo para as cores vermelho e preto do Flamengo-RJ, clube do coração do novo proprietário.

l Nos dois últimos jogos que fez pelo seu Atlético, no campeonato estadual, Ari marcou seis gols. Mas não jogou contra o Campinense, na abertura da Série C. A história do veterano no futebol europeu começou no sueco Kalmar FF, depois foi campeão holandês com a camisa do AZ Alkmaar e, posteriormente, se transferiu para a Rússia, onde defendeu Sparta. Moscou, Krasnodar e Lokomotiv até voltar a Fortaleza (CE). Naturalizado russo, ele chegou a defender a seleção local em um amistoso em 2018.

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