Líder Leão ficou devendo

Durante boa parte do jogo em Paragominas, o Remo se limitou a rebater bolas na defesa, aceitando passivamente a meia pressão exercida pelo time da casa. O time parecia sentir a temperatura elevada, comportando-se com displicência em vários momentos, abrindo claros na marcação.

Nos primeiros 20 minutos, o Paragominas tomou a iniciativa, buscando chegar ao gol, afinal precisava vencer para se classificar. Sem cobertura adequada à frente da zaga, a última linha do Remo sofreu com as investidas rápidas de Paulo Vítor e Aleilson, principalmente.

Aos 24 minutos, Kaikinha perdeu um gol de cara, batendo rasteiro para boa defesa de Vinícius. Logo em seguida, Aleilson recebeu na área, aplicou um chapéu em Fredson e perdeu tempo na hora de bater para as redes. A bola acabou saindo à esquerda da trave.

Enquanto isso, o Remo tinha como única estratégia ofensiva cruzamentos em direção a Edson Cariús. Muito bem vigiado pelos zagueiros, o centroavante não conseguiu acertar um cabeceio.

As manobras de aproximação eram prejudicadas pela distância entre Dioguinho, que fez seu pior jogo no campeonato, Felipe Gedoz e Gabriel Lima. Sem conexão, o time se perdia em tentativas longas e inúteis.

Isolado, Gedoz também não aparecia para o jogo, mas aos 4 minutos do 2º tempo ele finalmente despertou. Recebeu de Gabriel Lima um passe curto, de letra, na intermediária do Paragominas e invadiu a área para bater na saída do goleiro Gustavo, abrindo o placar.


A partida não melhorou nem com a chuva que caiu sobre a Arena Verde suavizando a temperatura. O Remo continuou esticando bolas, perdendo lances bobos e Cariús seguiu sem jogar, esquecido entre os zagueiros.

Depois da metade da etapa final, Bonamigo trocou várias peças aproveitando para prestigiar os garotos. Entraram Pingo, Tiago Miranda e Ronald no lugar de Uchoa, Gabriel e Dioguinho, mas nada mudou.

A situação continuou rigorosamente igual porque o time continuou desinteressado de pressionar na frente. Ronald foi colocado de um lado e Tiago de outro apenas para dificultar as saídas do Paragominas.

Mesmo assim, com Buiú e João Neto pelos lados, o PFC foi em busca do empate e quase conseguiu em penalidade mal assinalada pela arbitragem. Aleilson recebeu na área, Fredson afastou a bola e o atacante caiu. Na cobrança do pênalti, aos 49’, Vinícius defendeu o chute de Buiú.

A classificação já estava garantida, o Leão fechou a 1ª fase em primeiro, mas o futebol de ontem não foi digno do líder geral do campeonato.

Rodada não entregou o que prometeu

Não foi tão emocionante como se esperava. A oitava rodada, que definiria os classificados à próxima fase, teve jogos ruins e pouco alterou os cruzamentos desenhados de véspera. Nas quartas de final, o Parazão terá a dupla Re-Pa enfrentando Águia e Bragantino, respectivamente. Os grandes da capital entram como favoritos, principalmente porque são jogos em ida e volta, fato que sempre beneficia as equipes de maior poderio técnico.

Dos seis jogos realizados ontem à tarde, o mais emocionante foi entre os desesperados Tapajós e Gavião, que lutavam para não cair. O time treinado por Artur Oliveira venceu por 2 a 1 e garantiu permanência na divisão principal.

A partida mais movimentada foi entre Tuna e Bragantino, no Souza. A Águia se reabilitou da derrota para o PSC, metendo 5 a 3 no Tubarão. A fartura de gols está virando rotina na campanha da Lusa, que já tinha disparado a maior goleada do Parazão (6 a 1 sobre o Gavião). Com a vitória, o ataque cruzmaltino é agora o mais positivo, com 19 gols.

O PSC só precisou jogar o feijão-com-arroz para superar o desfalcado Águia, que entrou sem oito titulares. No fim das contas, além de vencer e manter a segunda posição na classificação geral, o Papão rodou elenco, lançando jogadores que não vinham atuando como titulares.

Foram raras as chances de gol no primeiro tempo, disputado sob calor inclemente, na Curuzu. O Águia não oferecia perigo, o PSC agredia pouco. Só chegava com algum perigo quando Ari Moura, correndo pela direita e buscando acionar o centroavante Gabriel Barbosa. Um chute cruzado de Bruno Collaço foi a melhor jogada do Papão na primeira etapa.

No segundo tempo, em ritmo lento, os times erravam muito e pouco produziam. O gol nasceu de cruzamento alto de Laércio para o centro da área, aos 20 minutos do segundo tempo. O garoto Flávio, que havia substituído Gabriel, cabeceou no canto direito do gol marabaense.

As mudanças feitas por Schulle, colocando em campo Rikelton, Elyeser e Ratinho no meio de campo, fizeram o Águia ficar ainda mais preso ao seu campo. As tentativas sempre esbarravam na forte marcação do PSC. Bruno Collaço ainda teve boa oportunidade, mas chutou no centro do gol.

Schulle deve ter tirado lições, mas dificilmente mudará a base titular que vem utilizando desde a competição. A não ser que resolva dar uma oportunidade a Ari Moura, seu melhor atacante de lado.

Rony dá show, mas mídia paulistana minimiza

Não foi a primeira vez, e seguramente não será a última. Rony foi decisivo no triunfo sobre o Independiente Del Valle, anteontem. A goleada palmeirense foi construída, em grande parte, pelo esforço e talento do atacante paraense.

Apesar disso, a apaixonada mídia paulistana voltou a mostrar seu pachequismo, dando mínima importância ao astro da noite. Prefere destacar coadjuvantes e ignora o protagonista. Está ficando chato.

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