Embora a produtividade ofensiva do time não tenha sido tão baixa no ano que finda, a diretoria do Paysandu não abre mão de ter um setor ofensivo mais participativo em 2020. O presidente Ricardo Gluck Paul revelou que espera ver o Papão com um maior poder de fogo já a partir do Parazão, quando a equipe, que não vence o Estadual há duas temporadas, tentará retomar a hegemonia do futebol local. De acordo com a avaliação do dirigente, o ataque bicolor precisa ganhar mais substância, o que, em outras palavras, representar, provavelmente, a chegada de novos atacantes ao estádio da Curuzu nos próximos dias.

 

Os reforços, como costumam classificar os dirigentes, apesar de que na maioria dos casos os atletas não ratificarem o título, já estariam sendo providenciados, nos bastidores, pela direção do Papão. Os nomes dos atletas são tratados de maneira sigilosa pelo clube, que já deixou claro que não reúne condições financeiras de apostar na vinda de algum “medalhão”, “matador” bom de “gatilho” e, por isso mesmo, de grande prestígio. Assim sendo, mais uma vez, o Papão deve apostar no fator sorte na tentativa de descobrir algum outro atacante que consiga vingar com a camisa do clube.


O “tiro no escuro” se mostrou certeiro nas três últimas temporadas quando o clube trouxe os atacantes Bergson (28 gols/47 jogos, em 2017), Cassiano (20 gols/30 jogos/ em 2018) e, por último, Nicolas (12 gols/41 jogos/em 2019). Curiosamente, todos eles gaúchos, o primeiro de Alegrete, o segundo de Porto Alegre e o terceiro de Alegria. Embora a média de gol do time não tenha sido das piores, Nicolas reinou absoluto no ataque do time, como uma espécie de andorinha solitária fazendo verão.

Em quatro competições que disputou este ano – Parazão, Copa do Brasil, Série C do Brasileiro e Copa Verde -, o Papão chegou à soma de 49 gols em 43 partidas, o que representa uma média de 1,14 gol por jogo. A marca não é das piores, mas quase metade das bolas na rede em favor do time teve como responsável Nicolas. Os demais atacantes trazidos pelo clube acabaram não correspondendo no quesito gol, sobrecarregando com a missão o goleador.

Juntos, os outros 10 atacantes contratados pelo clube não conseguiram chegar sequer a fazer 10 gols, com a grande maioria deles chegando e saindo da Curuzu sem exibir sua pontaria no alvo chamado gol. Pois é para substituir com maior eficiência quem não deu certo que a diretoria do Papão busca novas companhias para o seu artilheiro máximo no ano, Nicolas, já garantido para 2020.

Diário do Pará

Baixo rendimento foi a tônica no plantel

Tirando Vinícius Leite, que compensou os poucos gols que marcou – apenas 5 em 35 jogos – com assistências decisivas, e Nicolas, artilheiros máximo do clube, com 12 gols, os demais atacantes trazidos pelo Paysandu este ano podem ser considerados como verdadeiros fiascos. O clube importou outros 9 jogadores e “aproveitou” um local, todos eles de baixíssimo rendimento. Para se ter uma ideia mais nítida da situação, seis desses atletas não conseguiram fazer um mísero gol, abstraindo-se o paraense João Leonardo, que não fez nenhuma partida com a camisa do time. Até mesmo quem desembarcou na Curuzu carregando fama de “matador”, como foram os casos de Paulo Rangel e Pimentinha, conseguiram justificar suas contratações. Rangel ainda chegou a fazer 3 gols em 17 jogos, enquanto que o problemático Pimentinha, em 8 partidas, não balançou a rede uma única vez. Juntaram-se a ele nesse Movimento dos Atacantes Sem Gols, Elileton, Jheimy, Felipe de Jesus, Wesley Pacheco e João Leonardo, que fez apenas treino na Curuzu, como dito.

Além de Paulo Rangel, os outros atacantes que conseguiram fazer gols com a camisa do Papão foram Caion (1 gol), Paulo Henrique (2) e Hygor Silva (3). No total, os 10 atacantes marcaram apenas 9 gols. Para um clube que trouxe, literalmente, uma penca de atacantes, era de se esperar uma produtividade ofensiva bem maior em 2019. Que fique de lição para a formação ofensiva do elenco para o próximo ano.

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