Com a “água no pescoço”, como avaliou o técnico Dado Cavalcanti, após a derrota frente ao Coritiba-PR, na rodada passada, o Paysandu tenta, hoje, às 20h30, na Curuzu, derrotar o Vila Nova-GO para poder nadar em águas mais tranquilas na Série B do Brasileiro. A ordem entre os bicolores é só uma: somar mais três pontos. O resultado não só afastará a equipe da zona dos afogados, ou seja, do descenso, como colocará um fim à sequência de jejum de vitórias do grupo.

O Papão não vence há seis rodadas da Série B, contabilizando dois empates e quatro derrotas, com o grave prejuízo de ter deixado escapar um total de sete pontos em sua própria “praia”. Com resultados tão ruins, o único representante da região Norte está cada vez mais próximo da zona de rebaixamento. A diferença entre o time bicolor, 12º colocado, com 17 pontos, e o CRB-AL, que encabeça a zona dos “afogados”, é de apenas dois pontos.

Tão perto da zona de rebaixamento, os bicolores não podem sequer pensar em empate, hoje, o que só aumentaria o número de pontos desperdiçados pelo time e, ao mesmo tempo, faria com que a água do pescoço anunciada por Dado ameace cobrir a cabeça do grupo. O embate é dos mais difíceis, sem dúvida, mas a esperança do treinador, dos atletas e, principalmente da torcida, é que a equipe consiga a reabilitação e comece a dar a volta por cima na competição.

O Vila tem sido um frequentador assíduo do G4 nesta edição da Série B. No momento ocupa a 4ª colocação no G4 e o objetivo do time é desbancar os donos da casa, o que poderá assegurar, ao final da rodada, uma posição ainda melhor na tabela de pontuação do campeonato. O Tigre, como é apelidado o time goiano, vem a Belém trazendo na bagagem a marca de 4ª melhor aproveitamento como visitante entre os 20 clubes disputantes.

Só uma vitória para aliviar a situação Dado


O técnico Dado Cavalcanti, que está na “corda bamba”, admitiu, ontem, na Curuzu, que uma vitória contra o Vila é imprescindível. Ele lembrou que um triunfo representará muito mais dos que apenas os três pontos. “Vale para dar o conforto de poder voltar a vencer e apagar esse momento ruim”, declarou o treinador.

O treinador chamou para si a responsabilidade pela fase ruim enfrentada pelo Papão na Série B do Brasileiro, após um início, no mínimo, animador. “Sempre chamei para mim as minhas responsabilidades, seja na derrota e na vitória”, afirmou. Dado lamentou a saída do atacante Cassiano, que acertou com um clube chinês.

“O Cassiano era uma peça fundamental na nossa engrenagem, posso falar assim”, disse. O treinador ressaltou que está sendo obrigado a adaptar o time à ausência de seu principal goleador no campeonato. “Estou levando um pouco mais de tempo para fazer os ajustes com a ausência do Cassiano”, apontou.

SELEÇÃO?

Na coletiva de ontem, na Curuzu, o técnico Dado Cavalcanti, finalmente, se manifestou sobre as declarações do presidente Antônio Carlos Nunes de Lima, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que disse querê-lo no comando da seleção brasileira. O comandante do Papão procurou ser o mais breve possível em sua declaração.

Dado afirmou que encarou a situação “como um elogio”. “Entendo isso, sinceramente, como um elogio apenas até porque a pessoa mais preparada, o profissional mais bem preparado para a função está no comando e deve permanecer por muito tempo”, afirmou o treinador, se referindo, claro, a Tite, que dirigiu o time brasileiro no Mundial.

ADVERSÁRIO

– Diz o velho ditado que os números não mentem. E é baseado em tal ditado que o técnico Hemerson Maria vem a Belém confiante em colher mais um resultado positivo para o Vila Nova fora de Goiânia. A equipe alvirrubra acumula um total de quatro vitórias como visitante, sendo duas delas seguidas. O treinador não esconde o contentamento com o aproveitamento time e, de quebra, proveito do desespero do adversário.

– “Esses números fora de casa) são animadores. Temos que melhorar nossos números em casa, mas isso fica para depois, no jogo contra o Brasil-RS. Agora é traçar uma estratégia de marcação forte. O Paysandu se encontra em um momento de bastante pressão. A torcida cobra bastante. Talvez possamos tirar proveito dessa situação para conseguir uma vitória”, disse.

(Nildo Lima/Diário do Pará)

 

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