O Grêmio venceu por 2 x1 a final da Libertadores, no estádio da equipe do Lanús, e coroou o ano tricolor com o tricampeonato do principal torneio de clubes da América do Sul, a Copa da Libertadores.
O time gaúcho tinha a vantagem do empate após vencer o jogo de ida por 1 a 0, realizado há uma semana, em Porto Alegre.
Com o título, o clube tricolor igualou o Santos e o São Paulo como os maiores vencedores da principal competição sul-americana. Três cada.A vitória sobre um rival argentino também tem um gosto especial para o time gaúcho.
Campeão da competição em 1983 e 1995, quando venceu o Peñarol, do Uruguai, e Atlético Nacional, da Colômbia, a equipe havia perdido as duas decisões da competição que fez contra clubes do país vizinho. Em 1984 e 2007, foi derrotado na final para Independiente e Boca Juniors, respectivamente, ambos da Argentina.A conquista foi a primeira de um time brasileiro em solo argentino desde 1963, quando o Santos, de Pelé, passou pelo Boca.
O técnico Renato Gaúcho alcançou um feito inédito nesta quarta. Ao comandar o time na conquista da Copa Libertadores da América diante do Lanús, em Buenos Aires, ele se tornou o primeiro brasileiro a vencer o torneio continental como técnico e como jogador.
O primeiro título de Renato foi também o primeiro do Grêmio, em 1983. Naquela Libertadores, ele colaborou com dois gols na campanha da equipe que derrotaria o uruguaio Peñarol na decisão e viria a ser campeã mundial sobre o alemão Hamburgo. Na vitória por 2 a 1 no Japão, anotou outras duas vezes.
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Em 2008, um ano após o Grêmio ser derrotado pelo argentino Boca Juniors na final da Libertadores, Renato esteve muito próximo de ser campeão continental como técnico. Dirigindo o Fluminense, ele amargou uma derrota por 4 a 2 no jogo de ida da decisão contra a LDU, no Equador. No Maracanã, comemorou uma vitória de virada por 3 a 1, que acabou frustrada pela queda nos pênaltis. Os meias Conca e Thiago Neves e o centroavante Washington desperdiçaram as suas cobranças.
Antes de Renato, sete profissionais haviam vencido a Libertadores como técnicos e atletas – os argentinos Humberto Maschio (campeão por Racing e Independiente), Roberto Ferreiro (Independiente), José Omar Pastoriza (Independiente), Ney Pumpido (River Plate e Olimpia) e Marcelo Gallardo (River Plate) e os uruguaios Luis Cubillas (Peñarol, Nacional e Olimpia) e Juan Martín Mujica (Nacional).
Fonte: Gazeta Esportiva e Folhapress