O Paysandu tem 180 minutos para derrubar, em sua arena, a Curuzu, dois Tigres, alcunha de seus próximos adversários, para se manter na Série B do Brasileiro de 2018. O Papão soma 38 pontos e precisa chegar a 44 para, praticamente, afastar o fantasma da queda à Terceira Divisão. A primeira missão bicolor acontece, hoje, a partir das 20h30, quando o time da casa recebe a visita do Criciúma-SC, que se encontra em posição um pouco mais confortável, mas com remotas chances de acesso à elite do Nacional. O segundo confronto será na sexta-feira (3 de novembro), frente ao Vila Nova-GO.

 Na Curuzu, a ordem passada pelo técnico Marquinhos Santos é não colocar a carroça adiante dos bois e pensar em cada uma das necessidades do time. “Temos de pensar jogo a jogo para que a meta seja atingida”, tem pregado o treinador. Entre os jogadores, a recomendação do comandante parece ter sido bem assimilada. “São dois jogos importantes, mas, primeiro, temos de pensar no Criciúma, que é o adversário da vez, para depois focarmos na partida seguinte”, salienta Augusto Recife, que está mantido como titular do meio de campo da equipe, formando a trinca de volantes com Carandina e Renato Augusto.

 Para superar o primeiro dos dois Tigres, o Papão espera contar com um “jogador” a mais, mas este fora das quatro linhas: o torcedor. Tanto Marquinhos Santos quanto os jogadores esperam encontrar, na saída do túnel, uma Curuzu lotada, capaz de intimidar o felino sulista, que, segundo o site chance de gol, especialista em projeções matemáticas do futebol, tem apenas 0,06% de chances de acesso à Série A. “Que o torcedor nos dê o apoio até o final. Tenho certeza que a gente vai acabar esse ano bem feliz”, apela o zagueiro Diego Ivo.

O Paysandu pode chegar, hoje, até a 11ª colocação da Série B, cinco casas distante da zona da degola, dependendo, evidente, dos demais resultados da 32ª rodada do campeonato.


Volta de Guilherme Santos é confirmada

O lateral-esquerdo Guilherme Santos, que fez muita falta ao time nos últimos dois jogos, volta a ocupar sua vaga no Paysandu, contra o Criciúma-SC, e, segundo ele, com todas as condições necessárias para fazer uma grande partida. Depois de passar duas semanas entre aos cuidados do Departamento de Saúde, tratando de uma lesão na coxa direita, ontem, ele afirmou ter tido uma boa recuperação o que o deixa apto para encarar no Tigre no melhor de sua forma.

“É um problema que eu já tinha, mas que ainda não havia tratado com mais tempo”, contou. “Estava precisando de um trabalho mais profundo e nessas duas semanas deu pra fazer isso. Por isso espero voltar 100%”, prosseguiu o defensor, prometendo muito empenho para que ao final dos 90 minutos, o Papão tenha conseguido chegar ao seu intento, que é chegar aos três primeiros dos seis pontos que vai disputar em casa consecutivamente.

“Vamos fazer o nosso melhor para, lá na frente, ter o melhor”, prometeu, avisando em seguida: “Vamos ter de falar todas as línguas e de todos os jeitos para vencermos a partida”. O lateral voltou a dizer que as críticas que recebeu ao chegar à Curuzu, vindo de pouco sucesso no Fortaleza-CE, já foram superadas. “Quando cheguei não fiquei muito satisfeito com o que meia dúzia de pessoas falaram, mas isso já foi superado”, concluiu.

ADVERSÁRIO

– O torcedor do Criciúma já jogou a toalha, mas o técnico Beto Campos ainda espera por um milagre para que o time mantenha viva, ao menos, a chance de acesso à Série A. O treinador, diferente dos simpatizantes do time, só pretende dar a guerra como perdida, após ter a confirmação matemática de que o Tigre não reúne mais nenhuma chance de subir à elite do Brasileiro. O treinador afirma que o pensamento continua sendo uma rodada por vez, e na sequência de dois jogos que tem fora de casa, o foco é nas vitórias.

– A campanha como visitante é boa, a sétima melhor da Segundona, e Beto espera que isso sirva como motivação a mais para a equipe diante do Paysandu. “Nós temos que ainda pensar jogo a jogo para ver a situação realmente. Aquilo que tenho dito, enquanto houver matematicamente possibilidade de a equipe chegar, nosso foco vai ser para isso. Não podemos pensar de outra maneira”, declarou.

(Nildo Lima/Diário do Pará)

 

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