Em tempos nos quais o futebol se torna cada vez mais um jogo de estratégia, a ausência de um único jogador pode mudar completamente a dinâmica de uma equipe. No cenário competitivo da Série C do Campeonato Brasileiro, cada decisão tomada à beira do gramado é cercada por cálculos meticulosos e escolhas difíceis. Preservar a condição física dos atletas, mesmo que isso signifique abrir mão de uma peça fundamental, pode ser a chave para manter vivas as esperanças de acesso.

É exatamente essa situação que o Clube do Remo está vivendo às vésperas de mais um confronto decisivo. A ausência de Sávio, lateral-esquerdo titular, abre uma lacuna na equipe que precisará ser preenchida estrategicamente. O defensor, que vem lutando contra uma lesão muscular, não conseguiu se recuperar a tempo de atuar no próximo jogo. A decisão de não levar o jogador ao Rio de Janeiro foi tomada após avaliação do departamento médico do clube.

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Apesar da disposição do atleta em entrar em campo, mesmo sem estar completamente recuperado, o técnico Rodrigo Santana optou por preservá-lo. “Em relação ao Sávio, infelizmente a gente não vai poder contar com ele. Ele queria muito ir para o jogo contra o Volta Redonda, mesmo ainda sem estar totalmente recuperado. No entanto, a gente procurou poupar para não agravar a lesão dele. Fizemos um teste, mas infelizmente tem algumas coisas que a gente não pode contar com ele. São limitações que podem ser prejudiciais”, declarou Santana, reafirmando a importância de não arriscar a saúde do jogador em um momento crucial da competição.

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Com Sávio fora de ação, a equipe remista não pretende alterar sua estratégia de jogo. Santana foi categórico ao afirmar que o esquema 3-5-2, adotado recentemente, continuará sendo utilizado até o final da competição. O treinador destacou que o sistema foi um ajuste necessário às características dos atletas e que a equipe se adaptou bem a ele.

“A gente encontrou essa forma de jogar devido às características dos atletas que a gente tem, e isso trouxe uma segurança para eles. Se não me engano, foi no jogo com a Aparecidense-GO que tentei alterar o sistema, trabalhei a semana no primeiro tempo, mas não foi legal. A equipe já estava bem adaptada dessa forma e retornamos para o mesmo sistema no próprio segundo tempo, e acabamos vencendo”, relembrou o treinador.

TREINADOR ESTUDA ALTERNATIVAS

Outro ponto crucial mencionado por Santana é a composição da zaga, onde Bruno Bispo pode continuar como titular. Contudo, o técnico não descartou a possibilidade de escalar um volante no setor, como já foi feito em outras ocasiões. A escolha dependerá das características de passe e de domínio dos jogadores disponíveis, já que o time precisa iniciar a construção das jogadas a partir do campo defensivo, com uma transição rápida e eficiente.

“O importante é você ter jogadores de bom passe porque a gente está iniciando a construção e no momento que perder a bola a gente tem que pressionar, a gente tem que roubar a bola ali no campo ofensivo. A partir do momento que eles invadirem o nosso campo, a gente tem que organizar nossas linhas e construir a nossa forma de defender”, explicou Santana.

ADAPTAÇÃO AO NOVO ESQUEMA

O entendimento e a adaptação dos jogadores ao sistema 3-5-2 foram destacados pelo treinador como fatores fundamentais para a continuidade do trabalho. “Os jogadores já estão absorvendo muito bem, independente se é lateral que está entrando nessa linha de três, se é volante, ou nesse último jogo que foram três zagueiros, eles já estão entendendo que ali o passe tem que ser um pouquinho mais veloz, colocar um pouquinho mais de ritmo na bola”, concluiu Santana, confiante de que o time está preparado para os desafios que virão.

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