Convocada como reserva para a equipe brasileira de ginástica artística nas Olimpíadas de Paris 2024, a paraense Andreza Lima teve a oportunidade de estar entre as atletas que representaram o Brasil na competição mais importante do esporte. Mesmo sem competir diretamente, sua presença no time olímpico foi um testemunho de seu potencial e de sua trajetória de superação e conquistas.

Aos 17 anos, Andreza é uma ginasta artística que conquistou espaço entre as melhores do país graças a sua dedicação e talento. Natural de Belém, no Pará, ela descobriu a ginástica aos sete anos, inspirada por vídeos da ex-atleta Dayane dos Santos. Ingressou no programa “Talentos Esportivos”, promovido pelo Governo do Pará, no qual rapidamente se destacou em competições estaduais e nacionais.

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Em 2018, aos 10 anos, Andreza se mudou com a família para o Rio Grande do Sul, onde passou a treinar no Grêmio Náutico União, sob a supervisão dos mesmos treinadores que haviam formado Dayane dos Santos. Esse período foi crucial para o desenvolvimento da paraense, que lapidou suas habilidades e se preparou para voos mais altos.


Andreza é vista como uma das grandes promessas da ginástica artística brasileira, com um futuro brilhante pela frente, alimentando a expectativa de que possa vir a competir nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028.

ANDREZA FICOU SEM MEDALHA

Quando a equipe brasileira de ginástica artística feminina subiu ao pódio em Paris 2024 para receber a histórica medalha de bronze, na competição por equipes, um detalhe chamou a atenção: a paraense Andreza Lima, uma das reservas da equipe, não recebeu a tão cobiçada medalha.

A ausência de Andreza no momento da premiação não foi por acaso, mas sim resultado do regulamento específico da ginástica artística, que difere significativamente das modalidades coletivas como vôlei, basquete e futebol.



Na ginástica artística, as regras são claras: apenas as atletas que efetivamente competem nas provas têm direito a receber medalhas. Isso significa que as reservas, como Andreza, que não foram chamadas para participar em nenhuma das rotações durante a competição por equipes, ficam de fora da premiação, mesmo tendo treinado e se preparado ao lado das titulares.

O regulamento se baseia no fato de que, na ginástica, as reservas só entram em ação em caso de lesão ou substituição estratégica, diferentemente dos esportes coletivos onde os reservas podem ser rotacionados durante a partida.

COMO A PREMIAÇÃO FUNCIONA NOS ESPORTES COLETIVOS

Nos esportes como vôlei, basquete e futebol, a dinâmica é diferente. As regras dessas modalidades permitem a substituição de jogadores durante os jogos, o que significa que todos os integrantes do time, incluindo os reservas que eventualmente não entram em quadra, são considerados parte essencial da equipe. Por essa razão, quando uma equipe conquista uma medalha olímpica nesses esportes, todos os membros do elenco, incluindo os que ficaram no banco durante as partidas, recebem a medalha.

A diferença de critérios tem gerado debates entre atletas e torcedores, que argumentam que o esforço coletivo e a preparação intensa dos reservas merecem ser reconhecidos com a premiação. No entanto, as regras da ginástica artística permanecem inalteradas, e Andreza Lima, apesar de sua contribuição nos treinamentos e no apoio à equipe, retornou ao Brasil sem uma medalha no peito.

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