O Paysandu faz, hoje, a sua 7ª partida diante de sua torcida na Série B do Brasileiro, buscando melhorar o seu aproveitamento em casa e, consequentemente, sua colocação na classificação do campeonato. O Papão, que ocupa a 15ª posição, com 17 pontos, enfrenta o Ceará-CE, que é o 11ª, com 19 pontos, às 21h30, na Curuzu, pela 15ª rodada do campeonato. A equipe bicolor não perde atuando no local há 18 partidas, sendo seis delas pela Segundona. Mas, na prática, a invencibilidade bicolor não chega a ser algo tão positivo para a equipe comandada pelo técnico Hélio dos Anjos.
Dos 18 pontos disputados como mandante, o Paysandu só conseguiu conquistar oito pontos, com sete deles obtidos na Curuzu, onde o time só conseguiu vencer uma partida: 2 a 0 sobre o América-MG. Nos demais, o time paraense não foi além de empates, enfrentando o Avaí (0 a 0), Goiás-GO (1 a 1), CRB-AL (1 a 1) e Operário-PR (1 a 1). Foram oito pontos desperdiçados em casa, que se juntados ao empate, por 1 a 1, frente ao Botafogo-SP, no Mangueirão, somam dez. Tivesse feito o seu “dever de casa” a contento, o Papão seria hoje o líder do campeonato, com 27 pontos, dois a mais que o Santos-SP, 1º colocado.
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Diante de tamanho prejuízo doméstico, que dá ao time o aproveitamento de 44,4%, a equipe alviceleste quer despertar de vez diante de sua torcida contra o adversário cearense. E para chegar ao seu 2º triunfo em sua casa, o Paysandu, mais uma vez, contará com o empurrão de seus torcedores, que devem tomar conta da Curuzu, como vem ocorrendo desde o início da Série B. A carga de pouco mais de 16 mil ingressos para o jogo teria se esgotado antecipadamente, não restando nem mesmo bilhetes de cadeiras, que têm preço de R$ 200, valor quatro vezes mais caro que o de arquibancada fora da promoção.
Além de ter a Fiel ao seu lado, o Paysandu já deverá contar com pelo menos três dos quatro novos contratados do clube, que parecem ter desembarcado na capital paraense com fome de bola. Até o fechamento desta edição, o apenas o atacante argentino Borasi, vindo do São Luiz-RS, não estava, ainda, com seu nome no Boletim Informativo Diário (BID), da CBF, condição obrigatória para a disputa de jogos oficiais. Os demais, no caso, o lateral-esquerdo Keffel, o meia Juan Cazares e o atacante Paulinho Boia já estão legalizados e, portanto, em condições de entrar em campo, dependendo da vontade do técnico bicolor.
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E MAIS…
HOJE TEM LEI DO EX?
A chamada “lei do ex”, bastante evidenciada atualmente no futebol brasileiro, poderá funcionar, hoje, dos dois lados, na Curuzu, no jogo entre Paysandu e Ceará-CE. As equipes têm em suas formações jogadores que já passaram pelos adversários. Enquanto o ídolo bicolor Nicolas esteve no alvinegro cearense, no ano passado, com pífio desempenho, o alvinegro cearense conta em sua formação com o, também atacante, Aylon, que atuou pelo Papão, em 2015, com aproveitamento satisfatório. O fato curioso é que ambos os jogadores são naturais do Rio Grande do Sul. Nicolas da cidade de Alegria e Aylon de Esteio.
Em sua passagem pelo Ceará, Nicolas não conseguiu repetir a performance que teve defendendo o Goiás-GO, seu clube anterior, e, mais ainda, a que teve no Paysandu nos anos de 2019, 2020 e metade de 2021, quando em 103 partidas marcou 37 gols. Atuando pelo time da Região Nordeste, o “Cavani da Amazônia” só conseguiu balançar a rede dos adversários apenas três vezes, em 31 jogos. O baixo desempenho, acabou facilitando a volta do atacante à Curuzu, no final do ano passado.
Emprestado pelo Internacional-RS ao Paysandu, Aylon conseguiu marcar oito gols em 47 jogos. Ao ser devolvido ao clube de origem, o atacante ainda chegou a fazer 13 gols em 46 jogos pelo Colorado. Em 2017, ele acabou sendo cedido, por empréstimo, ao Goiás. Antes de chegar ao Ceará, o atacante esteve no Novorizontino-SP. Aylon não conseguindo colocar em prática a “lei do ex” no jogo contra a equipe do interior de São Paulo, pela 4ª rodada da Série B, diferente de Nicolas, autor do gol de empate do Paysandu, por 1 a 1, diante do Goiás, na Curuzu, pela 5ª rodada da Segundona.
Cazares pode ser a atração da noite
ESTREIA
Referência nos grandes clubes por onde passou, principalmente Atlético-MG e Corinthians-SP, o meia equatoriano Juan Cazares, de 32 anos, já é apontado como a principal contratação do Paysandu na temporada. Mas o apoiador precisa comprovar isso na prática, o que pode começar a acontecer no jogo de hoje, contra o Ceará. Regularizado para a disputa da Série B do Brasileiro pelo Papão, o atleta, vindo do Santos-SP, pelo qual disputou apenas três partidas na competição, Cazares deve ser a grande atração bicolor na partida com o alvinegro cearense, dependendo da vontade do técnico Hélio dos Anjos.
O jogador, tudo indica, deve ser relacionado para a partida, depois de ter se destacado no treino da última quarta-feira, no CT Raul Aguilera, municiando os seus companheiros de ataque com três assistências para gol. O desempenho na penúltima atividade do time que encerrou sua preparação ontem, só confirmou o que o próprio atleta havia antecipado. “Estou bem, tranquilo, focado. Se eu estiver disponível sexta, quero jogar, não tenho nenhum problema”, avisou Cazares em sua 1ª entrevista no novo clube.
O equatoriano, no entanto, evitou assumir a responsabilidade de principal aquisição do Papão no ano. “Maior contratação eu tiro um pouco disso, prefiro fazer dentro de campo, ajudar os meus companheiros com um bom passe, uma boa assistência, se eu estou na cara do gol, poder fazer o gol, meu foco é esse, estar pronto para jogar, elevar meu nível e ajudar o time o máximo possível para conseguir o objetivo que é o acesso para a Série A”, afirmou o meia. A entrada de Cazares na partida com o Vovô Alencarino é dada como certa, faltando apenas saber se desde o início ou no decorrer da partida.
Nicolas quer provar que o faro de gol voltou
ARTILHEIRO
Depois de voltar a balançar a rede no empate, por 1 a 1, contra o Coritiba-PR, na rodada passada da Série B, o atacante Nicolas, que passou oito jogos sem fazer gols, justificou, ontem, na Curuzu, o longo tempo sem dar alegria ao torcedor do Paysandu. “O nível das equipes aumenta muito. A gente tem enfrentado equipes extremamente qualificadas e, no meu caso, tenho certeza que a partir do momento que eles (adversários) vão enfrentar o Paysandu, por me conhecerem e saber que aqui tem um centroavante que costuma fazer gols, a marcação acaba sendo mais específica, vamos dizer assim”, declarou.
O ídolo da Fiel assegurou que a série de jogos sem fazer gol já o vinha incomodando. “Eu me cobro muito pelos gols. Cobro-me até além da conta por não estar fazendo gols”, afirmou. De acordo com o atacante, os demais jogadores, durante esse tempo, procuraram ajudá-lo a sair da “estiagem” de bola na rede. “A gente vinha trabalhando muito, os companheiros vinham tentando ajudar de toda a forma, mas as situações claras de gol não estavam aparecendo”, salientou.
O jogador ressaltou que, mesmo não cumprindo com o seu principal papel em campo, vinha colaborando com o time de outras maneiras. “Infelizmente passei algumas partidas sem fazer o meu papel, que é o de marcar gol, além de ajudar a equipe, que eu estava fazendo de outra maneira”, disse. O atacante, que conta com apenas dois tentos em 14 jogos do Paysandu no Brasileiro, lamentou a anulação de um dos dois gols que marcou contra o Coxa.
“Nesse último jogo tive duas situações e felizmente fui feliz nas duas, mas infelizmente em uma delas o VAR acabou anulando (o gol)”, arrematou o atacante, que espera voltar a marcar, hoje, contra sua ex-equipe, o Ceará. “Espero que as coisas continuem assim no próximo jogo que será em casa e eu volte a marcar na Curuzu, onde me sinto muito bem, feliz e à vontade”, concluiu.